Pedido de empréstimo reapresentado
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP), retoma, nesta terça-feira (31), as articulações para a reapresentação do projeto com pedido de empréstimo a bancos oficiais na ordem de R$ 340 milhões. Apresentado na semana passada, o projeto foi derrotado após uma série de troca de acusações entre vereadores e auxiliares do prefeito.
Para ser reapresentado, o projeto precisa da assinatura de 12 vereadores e é isso que Tião Bocalom está buscando junto à Câmara. O problema, para o prefeito, é que sua base na Câmara foi implodida durante a tramitação do projeto.
Sobrou para o Valtim
A guerra de versões envolvendo a Prefeitura e a Câmara Municipal por conta das idas e vindas do projeto de empréstimo, fez uma vítima, ferido quase de morte: o chefe da Casa Civil da Prefeitura Waltin José da Silva. Amigo pessoal e homem de confiança do prefeito, o secretário foi apontado por vereadores, inclusive os da base de apoio a Bocalom, como um inimigo a ser abatido.
Um desses vereadores, o belicoso Capitão N. Lima, do mesmo partido do prefeito, não esconde de ninguém que quer a demissão do secretário. De acordo com o vereador, na questão das idas e vindas do projeto de empréstimo, o secretário mais atrapalhou do que ajudou.
Líder ferido mas prestigiado
Outro que sai bem chamuscado desse rescaldo de incêndio envolvendo o pedido de empréstimo é´o vereador João Marcos Luz (PL), líder do prefeito Tião Bocalom na Câmara. Nas negociações para votação do empréstimo, com as primeiras reações negativas de seus colegas vereadores, Marcos Luz foi para a garganta acusando-os de venais e de tentarem utilizar a proposta de empréstimo como mercadoria para um balcão de negócios entre a Câmara e a Prefeitura.
Alguns vereadores, ofendidos com a indireta, reagiram e isso teria contribuído para as dificuldades enfrentadas pelo projeto de empréstimo da Prefeitura.
Pedágio de 2%
Nesta terça-feira (31), por conta do empréstimo e das negociações surgiram informações, as quais ninguém quis confirmar, que vereadores teriam pedido 2% do valor a ser liberado. Como o valor é de R$ 340 milhões, o percentual renderia mais de R$ 6 milhões aos vereadores. O presidente da Câmara, Raimundo Neném, tratou de negar qualquer iniciatva neste sentido.
Mas se for verídico o ditado segundo o qual “onde há fumaça, há fogo”, é bom a sociedade e os órgãos de controle ficarem de olhos abertos.
No cargo e no combate
O vereador João Marcos Luz, mesmo ferido em combate, no entanto, disse à coluna que continua firme no cargo e que em nenhum momento o prefeito Tião Bocalom lhe fez quaisquer admoestação em função de seu comportamento durante a tramitação do projeto de empréstimo. O vereador admitiu que até ele acabou votando contra o projeto para que houvesse unanimidade na rejeição e assim a proposta pudesse ser reapresentada por inciativa de um vereador numa sessão extraordinária para analisar a proposta, que deve ser reapresentada pelos vereadores Rutênio Sá ou N. Lima. Lima, inclusive, se ofereceu para defender e reapresentar o projeto. Para ser reapresentado, o projeto precisará de nove votos favoráveis, que estão sendo trabalhado nesta semana e longo feriado.
Bocalom tratorado pelo PP
Neste episódio do projeto de empréstimo de interesse da Prefeitura, o que ficou claro foi o duro posicionamento do Partido Progressista contra Tião Bocalom, que continua filiado à agremiação. Apesar disso, a executiva municipal do PP enviou á Câmara documento no qual orientava seus três vereadores – N. Lima, Ruténio Sá e Samyr Bestene – a votarem contra a proposta da Prefeitura, apesar da filiação do prefeito.
O PP trartou Bocalom, com o documento, como se o prefeito não pertencesse mais à sigla, como se a proposta de expulsão já tivesse sido sacramentada.
O vitimismo do bom velhinho
O que pouca gente sabe é que o processo e a ameaça de expulsão de Tião Boocalom do PP não o preocupam. Ele acha que se for mesmo expulso, sairá de vítima e, ao se filiar a outra sigla, que pode ser o PL, pode angariar a simpatia dos eleitores que não gostam de injustiças. Bocalom vai usar e abusar do vitimismo, recorrendo inclusive à condição de ancião.
Os trunfos para a resistência
Aliás, Tião Boclaom tem dito que vai resistir até o último instante às investidas da executiva para a sacá-lo do partido a fim de que o candidato do PP a Prefeitura em 2024 seja Alysson Bestene e não ele, Boclaom, que seria candidato natural, já que foi eleito pela sigla. O prefeito acha que, por isso, além do trabalho que deve implementar na cidade durante o ano de 2024, vai frear o ímpeto dos que o querem fora da sigla
O maior trunfo de Bocalom, no entanto, é a executiva nacional, a qual ele vem recorrendo, através do senador Ciro Nogueira, presidente a sigla.
Tamanha segurança por parte de Bocalom é uma pista de que a executiva nacional do PP pode ter lhe prometido algo seguro.
Pedido de impeachiment
No meio do fogo cruzado com a Câmara Municipal, no qual se encontra por conta do pedido de empréstimo, o prefeito Tião Bocalom, nesta terça-feira (31), viu-se diante de um novo problema: um pedido de impeachiment de seu mandato apresentado aos vereadores.
O pedido foi protocolado por um cidadão, um eleitor cujo nome ainda não foi revelado.
Sobre o caso, Bocalom disse à coluna que está tranquilo e que sabe como comportou-se ao longo desses três anos à frente da Prefeitura e que um pedido de impechiment é só mais uma injustiça da qual vem sendo vítima.
Dilza Ribeiro, um novo nome
O nome da médica Dilza Ribeiro, esposa do conselheiro Walmir Gomes Ribeiro, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), e mãe do deputado estadual Eduardo Ribeiro (PSD), vem tendo enorme aceitação no meio político. Ela teve seu nome lembrado como uma possível vice de Marcus Alexandre (MDB) numa provável coligação com o PSD do senador Sérgio Petecão, partido do filho político da médica o qual ela seguiria.
A novidade fica por conta de ela aceitar ou não a indicação. Discreta, a família Ribeiro não tem falado sobre o assunto. Mas, se a ideia vingar, qualificatórias à médica é que não faltam. Além de profissional das mais respeitadas, durante anos ela dirigiu o CRM (Conselho regional de Medicina) e, por onde passou, só deixou boas referências.
Vem aí mais um feriado em novembro
Na Câmara dos Deputados, a correria entre líderes da base do governo Lula é para que a Casa vote a urgência de um projeto que cria mais um feriado nacional em novembro. Além do Dia de Finados (2) e da Proclamação da República (15), deputados do PT, PSol, MDB, PP e União Brasil querem institutir o Dia da Consciência Negra como feriado nacional.
O projeto que cria o feriado é de autoria do deputado Valmir Assunção (PT-BA). A proposta tramita na Câmara desde 2015, tendo passado por diversas comissões, como a de Constituição e Justiça (CCJ).
Pauta econômica
Ainda de Brasília, chega a informação de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou líderes da base aliada na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (31/10), no Palácio do Planalto. O encontro é para tentar destravar a pauta econômica do governo no Congresso Nacional.
A ideia é conciliar as demandas dos partidos para costurar apoio político e garantir aprovação de leis e projetos orçamentários até o fim do ano. A reunião desta terça ocorre após o presidente Lula demitir, na última semana, a presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, para entregar o cargo ao servidor Carlos Antônio Fernandes, indicado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
Funasa em disputa entre PSAD e Republicanos
No entanto, há informações de que os parlamentares, seguem insatisfeitos com o atraso no pagamento de emendas e a demora para liberação de outros cargos no governo. Os embates envolvem, por exemplo, a Presidência da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), disputada pelo PSD e o Republicanos.