A declaração feita a coluna na última semana pelo superintendente do MDA, Cesário Braga, uma das lideranças do PT no Acre, não pegou nada bem entre o alto escalão do partido no estado. O grupo não gostou de Braga ter dito que apoia uma chapa entre Alysson Bestene e Marcus Alexandre. Os planos dos petistas mais tradicionais é não se aliar ao grupo político do governador Gladson Cameli e criar uma nova Frente Popular sem o Progressistas no meio.
RELEMBRE: Cesário se aproxima do governo e quer Marcus e Alysson na mesma chapa em 2024
Nada decidido
Mesmo enfrentando uma ala mais radical dentro do partido, Cesário entende que é necessário a união dos governos federal, estadual e municipal. O sonho do superintendente é ter no mesmo palanque: Marcus Alexandre, Alysson Bestene, Sérgio Petecão e Gladson Cameli. Algo muito difícil de acontecer, mas não impossível.
Rachado
A questão nisso tudo é: o PT precisa se entender internamente e articular o melhor caminho caso queira voltar a ter protagonismo no Acre. Vai ser necessário engolir alguns sapos e fechar alianças com adversários antigos. A política é assim.
Frente Ampla
O PT no Acre deve seguir o exemplo do que fez o Diretório Nacional no partido nas eleições presidenciais do ano passado, quando colocou mágoas passadas para trás e conseguiu unir 15 partidos no 2º turno para eleger o presidente Lula, de diferentes espectros e alas.
Por enquanto
Até o momento, a decisão que ronda as paredes do PT no Acre é apoiar Marcus Alexandre. Sem candidatura própria, o ex-prefeito é unânime entre os cabeças chefes do partido.
Só ano que vem
O senador Sérgio Petecão não está muito preocupado em definir quem deverá apoiar em 2024. Tricolor doente, ele preferiu neste final de semana ir ao Maracanã e ver o Fluminense sendo campeão da Libertadores pela primeira vez na história. Política mesmo só ano que vem.
Tudo menos ele
O único caminho certo até agora no PSD de Petecão é claro: vai apoiar qualquer candidato menos o prefeito Tião Bocalom. O partido, em 2020, ajudou a eleger o Velho Boca em uma eleição disputada. Petecão e companhia ainda indicaram a vice na chapa, Marfisa Galvão. O amor acabou.
Palavra final
O ultimato sobre as eleições 2024 dentro do Progressistas será dado pelo governador Gladson Cameli. Será dele a última palavra sobre os caminhos do partido na corrida pela Prefeitura de Rio Branco. Até o momento, Cameli diz que não é hora de falar sobre política e que não quer antecipar as eleições.
Ninguém sabe o que pode vir
A verdade é que não se sabe muito bem o que pode surgir na cabeça de Gladson. Conhecido por ser espontâneo e autêntico, o que der na telha do governador, por mais inusitado que seja, deverá ser seguido pelo Progressistas. Foi o que aconteceu em 2020, quando ele ignorou a candidatura de Bocalom pelo próprio partido e escolheu Socorro Neri, então atual prefeita, pelo PSB.
O que se passa na cabeça dele
É tão difícil entender o que se passa na cabeça de Gladson por conta da sua espontaneidade. Na última semana, por exemplo, o governador teve um rápido encontro com o presidente do PT, Daniel Zen, que rendeu uma das melhores cenas registradas na política acreana recentemente. Durante o encontro, na inauguração da reitoria do Ifac, quando questionado se poderia surgir uma aliança entre os dois, Gladson foi enfático: “Com certeza, sem nenhuma dúvida”. Zen também se posicionou: “Construir conversas não é pecado. E Gladson continuou: “Imagina fazer alianças…”.
Marina Silva
Neste final de semana o Acre recebeu mais uma visita ministerial no estado. Desta vez em dose dupla. As ministras do Meio Ambiente, Marina Silva, e Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas, visitaram a Terra Indígena Puyanawa, em Mâncio Lima, para dar início a um projeto em parceria com o BNDES, que vai aplicar mais de R$ 35 milhões em apoios dos povos originários.
Governo Lula no Acre
O Acre nunca recebeu tanta visita ministerial como vem recebendo no governo Lula. Ouso a dizer que em 11 meses de gestão, o estado já recebeu mais visitas de ministros do que todo o governo Bolsonaro. Fato que mostra que embora o Acre seja um estado fortemente bolsonarista, o governo federal vem olhando com bons olhos para o estado.
Off
– O governo do Estado foi pego de surpresa sobre a visita de Marina ao Acre;
– A equipe do Executivo Estadual soube da visita através da imprensa local;
– Dizem que nem a secretária de Estado dos Povos Indígenas, Francisca Arara, foi convidada a participar da agenda da TI Puyanawa;
– Marina fez um bate-volta rápido no Acre: veio em um avião da FAB de Brasília até Cruzeiro do Sul, desembarcou e foi direto para Mancio Lima;
– Não deu pulo na capital, voltou no mesmo dia, não se reuniu com o prefeito de Cruzeiro e nem com o governador Gladson Cameli;
– Foi uma visita mais rápida e sem muitos compromissos oficiais;
– A assinatura do projeto foi feita com Marina ao lado da ministra Sônia Guajajara, da presidente da Funai, Joenia Wapichana e do presidente da Organização Povos Indígenas do Rio Juruá (OPIRJ), Francisco Piyãko;
– Ele já foi candidato a deputado federal e é irmão do ex-prefeito de Marechal Thaumaturgo, Isaac Piyanko;
– Dizem os boatos que ele pode ser candidato no ano que vem;
– Já disputou eleições pelo PSOL, mas recentemente se filiou ao PSD, do senador Sérgio Petecão;