O jornal Estadão publicou nesta terça-feira (7) uma reportagem em traz o resultado da apuração sobre um boato que persegue a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, há um tempo.
Grupos ligados ao bolsonarismo e a extrema direita começaram a reviver uma notícia falsa de que o marido de Marina, Fábio Vaz de Lima, “é o dono da maior parte das serrarias clandestinas no Pará, o maior contrabandista de mogno da região Norte”.
O Estadão verificou a informação e constatou que as acusações são falsas. Na verdade, o grupo usou uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), realizada em 2004, sobre uma doação de toras de madeiras a uma ONG, apreendidas pelo Ibama, mas não encontrou irregularidades.
Acontece que Fábio fazia parte do grupo ligado à ONG que passou pela auditoria. Entretanto, nunca foi investigado por contrabandear madeira e nem foi dono de serrarias ilegais.
A fake news começou a circular em 2014, quando Marina concorreu à Presidência da República pela segunda vez.
Além disso, em 2011, durante uma discussão com ex-deputado Aldo Rebelo, o parlamentar acusou Fábio de fazer ‘contrabando de madeiras’. Na época, Marina negou as informações e solicitou ao Ministério Público Federal que abrisse investigação para apurar as denúncias.
O órgão não encontrou ‘nenhum fato delituoso a ser investigado’ e concluiu que nem Marina, nem Fábio tinham relação com o caso. O processo foi arquivado em 2013.