Criminoso que deixou ex tetraplégica com facada pega 32 anos de prisão

Mulher tinha medida protetiva contra o criminoso, que a esfaqueou na região do pescoço, deixando-a sem movimentos nos braços e pernas

Imagem colorida mostra homem pardo com boné, camisa polo rosa deitado em chão de terra durante prisão; ele é criminoso condenado por dar facadas na ex-companheira, que ficou tetraplégica - Metrópoles

Sidnei Flauzino de Souza, de 45 anos, foi condenado a 32 anos de prisão em regime fechado por tentar matar a ex-companheira com três facadas na região do pescoço, em Guarulhos, na Grande São Paulo. A vítima, que tinha uma medida protetiva contra o criminoso, ficou tetraplégica.

Sidnei cometeu o crime por não aceitar o fim do relacionamento com a mulher. Desrespeitando a medida protetiva, que o proibia de se aproximar de Maria (nome fictício, para preservar a vítima), o homem foi até à casa da ex-companheira, em 21 de janeiro de 2022 e a atacou, com a intenção de matar. As facadas atingiram a medula óssea da vítima, deixando-a tetraplégica.

Sidnei fugiu e foi preso, em cumprimento a um mandado de prisão preventiva, expedido pela Justiça, pouco mais de quatro meses depois do crime, na cidade de Holambra, no interior paulista, onde já estava com uma namorada, com quem morava. Ele foi detido por policiais do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

Em foto colorida homem pardo usa óculos escuros, camisa polo verde clara em frente a parede com azulejos brancos - Metrópoles

Sidnei Flauzino de Souza, de 45 anos, foi condenado a 32 anos de prisão – Divulgação/Polícia Civil

Julgamento

O criminoso foi submetido a um júri popular, no último dia 31 em Guarulhos, cidade onde realizou o crime. Além da tentativa de feminicídio, ele também foi julgado por furtar o celular da vítima.

Maria precisou ser carregada no colo, até chegar à plenária do júri, onde foi acomodada em uma cadeira de rodas. Atualmente com 41 anos, a mulher sofre diariamente com a lembrança do crime, que a priva de realizar as atividades mais corriqueiras.

“Sidnei tirou da vítima, para todo o sempre, a oportunidade de pintar a boca e usar um vestido curto. Não eram coisas de mulher direita, como ele afirmou em interrogatório. Ele deu a última palavra, afinal”, afirmou o juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo, antes de anunciar a pena do criminoso.

Sidnei foi condenado a 27 anos pela tentativa de feminicídio, aos quais foram acrescidos cinco anos pelo furto do celular da mulher. Os 32 anos devem ser cumpridos em regime fechado e não cabem mais recursos ao condenado.

Feminicídio é uma qualificadora para crimes contra a vida, ou tentativa deles, movidos por violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher da vítima.

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