Assassinato de PM que recebeu vários tiros e caiu em rio completa 14 anos

De acordo com as investigações, após ser baleado por um dos assaltantes, Mazinho caiu nas águas do Purus e desapareceu

O mês de novembro ficou marcado para sempre na história da família Moreira por conta do assassinato do sargento da Polícia Militar de Sena Madureira Jossimar da Costa Moreira, conhecido popularmente como Mazinho. No último dia 3, se completaram 14 anos de sua morte. Em 3 de novembro de 2009, ele se encontrava em missão na BR-364, precisamente na conhecida balsa do Rio Purus, próximo ao município de Manoel Urbano, quando foi atingido por disparos de arma de fogo, caiu no Purus e seu corpo até hoje não foi encontrado. 

Naquela trágica data, as forças policiais tentavam prender os criminosos que tinham realizado um assalto ao Banco do Brasil da cidade de Feijó. Nesse sentido, alguns militares ficaram de campana na balsa do Purus, dentre eles o sargento Mazinho que, à época dos fatos, tinha somente 44 anos.

De acordo com as investigações, após ser baleado por um dos assaltantes, Mazinho caiu nas águas do Purus e desapareceu.

“Passamos 17 dias ininterruptos procurando meu irmão no Purus”, relembra vereador Jacamin

O vereador Jozimar da Costa Moreira, o Jacamin, é irmão do sargento Mazinho. Em entrevista à Rádio Difusora de Sena Madureira, ele relembrou todo o esforço que foi adotado, à época, na tentativa de encontrar o corpo do militar senamadureirense.

“Quando soube da notícia, me destaquei de imediato para a balsa do Purus juntamente com meus outros três irmãos. Com a ajuda de alguns amigos, familiares e do Corpo de Bombeiros, realizamos mergulhos, arrastões com redes, varreduras, tudo o que estava ao nosso alcance foi feito. Foram 17 dias de buscas no rio Purus, mas infelizmente não encontramos o corpo. Só parei de procurá-lo quando minha mãe mandou um recado para mim pedindo para que as buscas fossem encerradas”, comentou.

Sargento Mazinho. Foto: Reprodução

Ele acrescentou que ainda é muito doloroso para a família relembrar o episódio. “É muito difícil para todos nós familiares. Perder um ente querido sem poder sequer dar o último adeus é bem doloroso, mas acredito que foi feita a vontade de Deus. Sempre deixei alguns amigos em alerta que se encontrarem alguma ossada no rio nos avise. Meu irmão ainda vive em nossos corações”, completou.

Atualmente, a balsa do Purus está desativada, já que foi construída uma ponte no local. Após essa ponte, a família construiu uma espécie de capela, onde está fixada a foto do sargento. “Todos os anos, no dia de finados, a gente vai acender velas”, confirmou.

Como forma de homenageá-lo, a Associação dos Militares de Sena Madureira cuja sede fica na BR-364, nas proximidades de Sena, leva o nome do sargento. Além disso, o deputado estadual Gehlen Diniz (PP), apresentou um Projeto na Aleac para que o Quartel do 8º BPM, com sede em Sena Madureira, passe a chamar Jossimar da Costa Moreira.

PUBLICIDADE