Mesmo com chuvas, Rio Acre perde 14 cm em 24 horas e segue em estado de emergência

Embora os 3,8 mm de chuvas registrados na madrugada, em 24h o volume do rio regrediu e continuou em alerta na capital

Em Rio Branco, o Rio Acre marcou 1,77 m na medição das 06h desta segunda-feira (13), 14cm a menos do volume atingido no domingo (12), quando havia marcado 1,91m.

Mesmo com os 3,8 mm de chuvas registrados na madrugada, em 24h o volume do rio regrediu e continuou em alerta na capital.

Seca deve ser ainda mais severa em 2024. Foto: Juan Diaz/ContilNet

A Prefeitura de Rio Branco assinou um decreto de emergência há pouco mais de um mês, em razão da seca extrema e estiagem na capital. Também em setembro, o rio atingiu a menor cota de 2023, em Rio Branco, 1,44 metros.

O decreto considerou os baixos índices pluviométricos, que indicam uma estiagem crítica e prolongada na capital, causando a diminuição dos rios e baixa umidade do ar.

Além disso, o decreto considerou também que a escassez de chuvas durante este período, iniciado no primeiro semestre do ano, está previsto para se estender pelo menos por mais 2 meses, o que pode aumentar o risco de desabastecimento de água potável.

O nível de emergência decretado tem nível 2, ou seja, representa desastres de média intensidade. O decreto levou em consideração um parecer técnico emitido pela Defesa Civil Municipal.

Previsão para 2024

Um período mais seco que o normal já era aguardado para a região amazônica. Sempre que ocorre o fenômeno conhecido como El Niño – quando as águas do Oceano Pacífico ao longo da linha do Equador ficam mais quentes –, o transporte de umidade pelo ar para a Amazônia e o Nordeste é prejudicado. Apesar de prever antecipadamente a chegada do El Niño, o que os pesquisadores e cientistas não podiam prever era intensidade do fenômeno.

Em conversa com a reportagem do ContilNet, o coordenador da Defesa Civil, Cláudio Falcão alerta para a previsão de seca ainda mais severa em 2024. “Além dessa seca prolongada que temos agora em 2023, infelizmente a previsão que nós temos para o ano que vem é de uma seca mais prolongada e mais severa”, revelou.

Cláudio Falcão explicou que o estado precisa está preparado para enfrentar a situação. “A gente tem que se preparar para que venha o pior, mesmo que ele não venha, mas temos que está preparado para enfrentar essas secas mais severas a partir de agora”, ressaltou, explicando que a previsão se dará em virtude da região ainda está sob os efeitos do El Niño.

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