Na última semana, o secretário de Governo e atual pré-candidato à Prefeitura de Rio Branco pelo Progressistas, Alysson Bestene, disse ao ContilNet que não descartava a possibilidade de ter Marcus Alexandre como vice na chapa para as eleições de 2024. O secretário declarou que inclusive, essa era uma discussão que já vinha sendo levantada dentro da Executiva do partido. Porém, em entrevista à coluna, o outro lado da história, Marcus Alexandre, disse que não houve tratativas com Alysson.
“Não temos nenhuma tratativa objetiva com o governo. Eu sempre tenho dito que ‘qual é o candidato que não quer ter o apoio do governo?’ – Mas nós temos que respeitar. É uma pré-candidatura que já está colocada pelo partido que governa o Estado”, disse.
Sem abertura
Ainda na entrevista, Marcus foi objetivo e não deu sinais sobre uma possível aliança com o Progressistas. O ex-prefeito disse que o seu partido busca outras siglas para uma coligação. Porém, o partido de Gladson e Alysson deve ficar fora dessas tratativas.
“O MDB está aberto a conversar com todos os partidos para construir boas alianças, mas é legítimo da democracia que ele [Alysson] seja colocado pelo seu partido como pré-candidato. Cabe a gente o respeito e fazer um debate de alto nível, buscando soluções para a cidade”.
Vice?
O candidato do MDB aproveitou para falar ainda sobre o possível vice-prefeito da chapa na disputa pela Prefeitura de Rio Branco. Nas últimas semanas alguns nomes foram começaram a ser cogitados, entre eles, o de Dilza Ribeiro, mãe do deputado Eduardo Ribeiro, em uma futura aliança com o PSD, além de Rejane Veloso, esposa do deputado federal Eduardo Veloso, o que traria o União Brasil para a chapa de Marcus. Porém, o ex-prefeito disse que o assunto não é tratado pela cúpula do partido agora.
“O vice nós vamos discutir só no ano que vem. Ele é resultado dessa aliança que está em construção com a coordenação do MDB”, disse.
Sinuca de bico
A escolha do vice de Marcus é talvez hoje a maior sinuca de bico do ex-prefeito. Em uma coligação repleta de partidos de esquerda (PT, PCdoB e PV), Flaviano Melo e o MDB buscam alianças com partidos de Centro e Direita para que o nome do vice venha dessas siglas, rompendo o estigma de que Marcus ainda tem sangue petista correndo nas veias. Trazer o União Brasil para a coligação seria a tacada de mestre do MDB.
Talvez …
Entre os nomes sondados para o cargo está o da deputada Michelle Melo, que esteve em um evento do MDB no final de semana. Uma aliança com o PDT, partido da deputada, é um sonho para Marcus, Flaviano Melo e companhia. O problema nisso tudo é que Luís Tchê, presidente do PDT, é atual secretário de Estado de Agricultura, compõe a alta cúpula do Governo e dificilmente deve aceitar entrar na coligação com o MDB.
Corre
Para Michelle ser vice de Marcus só mudando de partido. Fontes disseram, inclusive, que ela deve esperar até janeiro do ano que vem para dar o ultimato ao PDT e decidir se filiar ao MDB.
2024
Inclusive, ao ContilNet, Michelle falou sobre possíveis caminhos que poderão ser tomados por ela em relação à disputa pela Prefeitura de Rio Branco.
“É claro e evidente que eu sempre estarei no campo progressista, aquele que representa os ideais progressistas e o cuidado com Rio Branco. Vamos esperar o PDT se posicionar em janeiro de 2024”, disse.
Quem sabe?
Questionada se poderia aceitar ser vice na chapa com Marcus Alexandre, Michelle reiterou que é preciso esperar o posicionamento do seu partido, porém, foi clara ao responder: “Se o PDT vier para esse campo progressista, quem sabe?!”.
Pedra no sapato
Se decidir deixar o PDT, Michelle corre sérios riscos de perder o mandato como deputada estadual. Acontece que ela não pode sair do partido que foi eleita antes de 2 anos, a não ser que a Executiva a libere. O que deixaria ela sair do PDT sem perder o cargo. Porém, dizem as más línguas que o presidente Luís Tchê não deixa ninguém sair do PDT de graça. Quer deixar o partido? Que deixe o mandato também!
Enquanto isso …
Já está praticamente sacramentada a ida do prefeito Tião Bocalom para o PL. Na última semana, durante o ato de filiação do vereador João Marcos Luz, líder de Bocalom na Câmara, o chefe da Casa Civil da Prefeitura e um dos braços-direito de Bocalom, Waltin, estava presente no evento.
Um caminho para o Palácio
Sem abertura com o MDB, o PSB de Jenilson Leite pode começar a discutir uma possível aliança com o Progressistas e Alysson Bestene nas próximas semanas.
Fez a ponte
Um articulador dessas conversas deve ser o senador Sérgio Petecão, que tem uma ótima relação com Jenilson. O senador e o PSD já estão praticamente com o passaporte carimbado para voltar à base de Gladson.
Bom nome
Jenilson inclusive seria um bom nome como vice-prefeito ao lado de Alysson. Os dois são extremamente elogiados por vários espectros políticos e conseguem surfar em todos os lados. Não seria surpresa se isso acontecesse. Jenilson já esteve no mesmo palanque que Gladson e o governo. Em 2020, a atual deputada federal Socorro Neri estava no PSB e concorreu à reeleição pela Prefeitura de Rio Branco. Na época, ela conseguiu juntar os dois na campanha.
Off
– Se perder as eleições em 2024, Jenilson pode ficar com a imagem cansada e ser considerado um candidato que só entre em uma eleição para perder;
– É o caso de Minoru Kinpara, que já bateu na trave diversas vezes;
– Minoru é inteligente, sabe que na eleição de 2024 não há espaço para a sua candidatura;
– Principalmente por conta da atual situação do PSDB, que vem sofrendo baques nos últimos anos;
– Os tucanos hoje estão enfraquecidos, não só no Acre, mas nacionalmente;
– O único caminho interessante para Minoru seria abocanhar uma vice-prefeitura na chapa de Alysson;
– O evento da Apex do último final de semana só comprovou uma tese já dita por aqui: Jorge Viana só não é candidato em 2026 se não quiser;
– A equipe do governo federal foi clara: JV é respeitado pelo presidente Lula e não vai ser coadjuvante nas próximas eleições estaduais;