Com a chegada das chuvas do Inverno Amazônico, algumas regiões da capital acreana são consideradas áreas de risco hidrológico, geológico e até mesmo atmosférico. Isso significa que as casas localizadas nessas áreas de risco podem sofrer danos na estrutura e até mesmo desabamento.
Segundo o tenente-coronel Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, em torno de 5 mil famílias vivem nessas áreas.
“Estamos fazendo levantamentos e sempre surgem mais pessoas e mais áreas de riscos. Nós trabalhamos mais com os riscos hidrológico e geológico. Nós temos em torno de 70 bairros com essas áreas de riscos espalhados por várias situações. Esse é um momento que os riscos ficam mais evidentes, nós estamos no período chuvoso. Ontem nós tivemos várias ocorrências relacionadas a chuva”, disse o coordenador.
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Um barranco próximo à Avenida Ceará, em Rio Branco, desmoronou na última terça-feira/Foto: Defesa Civil
Claudio Falcão seguiu explicando que o poder público precisa retirar as famílias das áreas de risco e isso será feito pela Prefeitura de Rio Branco. “Há muito tempo não tinha retirada de família de área de risco. E agora a gente vai retirar para aluguel social. Agora nós temos um programa habitacional para poder retirar definitivamente esse pessoal da área de risco. A gente quer alcançar pelo menos 1500 famílias e mesmo assim a gente ficaria com um déficit, mas já é um grande começo tirar essas pessoas dessas áreas de risco, como nós temos feito”, explicou.
O coordenador orientou ainda que as pessoas que moram às margens de córregos e igarapés, precisam observar o terreno. “O deslizamento de terra, a movimentação de massa, se o terreno aparece rachaduras, se na própria casa também aparece rachaduras, se portas e janelas estão com dificuldade de abrir, de fechar, se tem árvore no quintal e se está inclinando. Tudo isso são sinais de que há uma movimentação do solo. Com isso, traz grandes riscos. Esse é o risco geológico”, explicou.
Além das rachaduras, as pessoas que moram próximo a igarapés devem observar, principalmente durante as chuvas, o aumento do nível das águas, que pode afetar diretamente a casa.
