O Acre vivencia uma preocupante ascensão no número de partos realizados por meninas com menos de 15 anos, revelam dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quinta-feira (14). No intervalo de apenas um ano, entre 2020 e 2021, observou-se um expressivo aumento de 20,2% nos registros de nascimentos de mães nessa faixa etária.
Os dados, provenientes das Estatísticas do Registro Civil e das bases do Ministério da Saúde, apontam para 262 nascimentos de bebês cujas mães tinham menos de 15 anos em 2021. Essa estatística sugere uma proporção de sub-registro de 17,13%, ressaltando a necessidade de medidas urgentes para abordar essa situação delicada.
Comparativamente, no ano anterior, em 2020, foram registrados 218 nascimentos de mães com menos de 15 anos, indicando uma situação já preocupante que, infelizmente, se agravou no último ano.
A análise das faixas etárias subsequentes também destaca a urgência de atenção e intervenção diante dessa problemática. Considerando as mães com idades entre 15 e 19 anos, houve um aumento menos significativo, mas ainda expressivo, de 1,85%, totalizando 3.463 nascidos vivos em 2021, em comparação aos 3.400 registrados em 2020.
Em contrapartida, a faixa etária de 20 a 39 anos registrou um leve aumento de 1,9%, com 11.600 nascimentos em 2021 contra 11.400 no ano anterior. Já as mulheres entre 40 e 44 anos experimentaram um crescimento mais acentuado de 7,3%, com 455 nascidos vivos no último ano. Além disso, foram notados 24 nascimentos de mães com 45 anos ou mais.
Globalmente, o Acre testemunhou um aumento no número total de nascidos vivos, somando aproximadamente 15.865 em 2021. Esse número representa um acréscimo de 339 em relação a 2020, quando foram registrados 15.526 nascimentos. Essa conjuntura destaca a complexidade do desafio enfrentado pela região e ressalta a importância de iniciativas que promovam a saúde sexual e reprodutiva, além de estratégias educativas e de apoio às adolescentes.