No tranquilo 2º distrito de Sena Madureira, uma voz se destaca entre as árvores e as ruas estreitas. Seu Francisco, morador há quase 50 anos da região, é testemunha de uma promessa que atravessou décadas: a construção de uma ponte que conectaria seu lar ao progresso.
A entrevista do ContilNet com seu Francisco revela a longa espera, as esperanças renovadas e a perseverança diante da demora para realizar a tão aguardada obra, que leva o nome do Padre Paolino Baldassari “Há mais de 40 anos que escuto falar dessa ponte”, diz ele, lembrando que, quando chegou, a promessa já era parte integrante da paisagem local.
A ponte, que seria a solução para anos de dependência da catraia, representa um sonho realizado por Francisco, de 74 anos de idade. Ao longo dos quase 50 anos, ele relembra as dificuldades de atravessar o rio dependendo de barcos, especialmente em situações críticas como doenças. o entanto, a espera também é marcada por momentos felizes. A obra, agora visível da janela de Seu Francisco, traz uma sensação de realização. “Fico feliz. Pela idade, não sei se vou passar nela muitas vezes, né? Só Deus sabe, mas fico feliz”, compartilhou.
Seu Francisco deixou uma mensagem para o governador Gladson Cameli, o prefeito Mazinho Serafim e todos os envolvidos na realização da ponte. “É uma coisa sem palavras, né. Porque ninguém esperava e saiu. Parabéns pra Ele, pra nós também.”, concluiu.
Ao ser questionado sobre a homenagem ao Padre Paolino, o morador chamou o membro da igreja católica de herói. “Merece sim. Ele foi um herói. Ele foi padre e doutor. Eu fui lá, e era uma pessoa que recebia muito bem, e o remédio dele era muito bom”, afirmou.
Ao final da entrevista, Seu Francisco deixou umas palavras para as gerações futuras. Com um sorriso, ele destaca a importância da realização do sonho: “Agora tenho a família toda, podendo passar por cima da ponte, indo e voltando a hora que quiser.”, afirmou.