Um grupo de homens trans, criado nas redes sociais, ganha força e formato no Acre. Criado no WhatsApp, o grupo de amigos trans realizou sua primeira confraternização no final do ano, com roda de conversa em Rio Branco.
Em conversa com a coluna Douglas Richer, do portal ContilNet, o líder do grupo e responsável pelo primeiro ambulatório no Acre,Nakágima Sanllay, ou apenas ‘Naka’, como é popularmente conhecido, falou sobre a proposta do encontro: “A gente, o grupo, veio para trabalhar a inclusão social, empregabilidade, assistência em saúde e auxiliar nas demandas que surgem nas nossas vivências devido à identidade de gênero”, explicou ao ContilNet.
De acordo com Naka, a confraternização foi a coroação que faltava para selar a união e partilha de vivências.
“O encontro foi mais para a gente partilhar e compartilhar as nossas vivências, né? Eu iniciei com vinte e oito pra vinte e nove. Pra mim, é totalmente diferente do que para o João, para o Caê, pro Yuri, que são meninos com vinte e poucos anos, não na flor da idade, entendeu?! Então, são coisas para a gente observar”, contou.
Naka ainda contou ao ContilNet sobre o acolhimento do grupo trans, que em janeiro completa um ano de existência: “Nosso grupo no WhatsApp vai fazer um ano agora em janeiro, e foi a partir desse grupo que a gente iniciou o acolhimento, pastilha, auxílio. Teve gente que pediu socorro no grupo, que estava precisando de cuidados em saúde mental, e aí todo mundo correu, ligou, ajudou, e conseguimos uma psicóloga que fez atendimento social (gratuito)”, comentou.
Um dos membros, Ariel Silva, também falou sobre a experiência do encontro realizado em sua residência em Rio Branco: “Nos reunimos não só para confraternização, mas também para saber as reivindicações da comunidade trans no Acre, para termos mais aproximação mesmo. Aqui, a causa de um é a causa de todos”, comentou Ariel.
Veja fotos do encontro cedida: