O edital do Concurso Nacional Unificado (CNU), apelidado de “Enem dos Concursos”, será divulgado nesta quarta-feira (10/1), em publicação no Diário Oficial da União (DOU). O Concurso Unificado aproveita experiências do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que seleciona estudantes para instituições de educação superior e é considerado um case de sucesso pelo alcance e tempo de aplicação no país.
O edital trará as regras para realização do certame, com informações sobre os blocos temáticos, conteúdos das provas, critérios de classificação e desclassificação, lista de espera, cadastro de reserva, validade do certame e composição das notas finais.
Ao todo, 21 órgãos e entidades aderiram ao CNU, com o total de 6.640 vagas. A concorrência deverá ser elevada — segundo estimativa da pasta apresentada ao Metrópoles em dezembro, são esperados 5 milhões de candidatos.
A banca responsável pela aplicação das provas é a Fundação Cesgranrio, que possui histórico na organização de concursos públicos.
Veja as datas previstas:
- Período de inscrições: de 19 de janeiro até 9 de fevereiro.
- Aplicação das provas: 5 de maio.
A aplicação ocorrerá em um domingo em 220 cidades de todo o Brasil, segundo estipulado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Inicialmente, o governo pensava em aplicar as provas em 180 municípios, mas o número foi ampliado para garantir que regiões metropolitanas tenham provas em mais de uma cidade.
Há expectativa de que, a depender do resultado do certame de 2024, outras edições do Concurso Unificado sejam realizadas entre 2025 e 2026.
Edital confirmará vagas e salários
O maior salário inicial do CNU chega a R$ 23 mil, para 900 novos auditores-fiscais do trabalho. A menor remuneração gira em torno de R$ 5.488,70 e R$ 6.255,90, com 300 vagas para analistas técnico-administrativos.
A prova única do CNU será dividida em dois momentos na mesma data:
- provas gerais e objetivas, com matriz comum a todos os candidatos; e
- provas específicas e dissertativas, por blocos temáticos.
As áreas de atuação anunciadas até o momento são:
- administração e finanças;
- setores econômicos, infraestrutura e regulação;
- agricultura, meio ambiente e desenvolvimento agrário;
- educação, ciência, tecnologia e inovação;
- políticas sociais, justiça e saúde;
- trabalho e previdência; e
- dados, tecnologia e informação pública, além do nível intermediário.