Tia de bebê morto na UPA denuncia negligência: “Não tinha médico”

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Pai desesperado com o filho morto nos braços, enquanto a mãe lamenta a perda/Foto: cedida

 

O caso de uma criança de apenas três meses que morreu numa Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na capital ganha novos rumos. É que, de acordo com uma tia da criança, Elly Marinho, a criança, perdeu a vida em consequência de negligência por parte do hospital.

P.L. foi atendido na UPA do Segundo Distrito e diagnosticado com sintomas de virose. Os pais, que desconfiavam de negligência no atendimento, falaram na tarde desta segunda-feira (16) com os principais veículos de imprensa do País.

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Eles desconfiam que tenha havido negligência no atendimento. A criança, que estava com febre e secreção no nariz, foi diagnosticada com sintomas de virose. Elly faz denúncias graves: ela conta que, no momento do atendimento, não havia na unidade nenhum médico plantonista ou enfermeiro.

“Meu sobrinho deu entrada na UPA do Segundo Distrito ontem [no domingo] com uma leve febre; ele passou a noite bem. Pela manhã [de segunda-feira] foi medicado e instantaneamente morto. Os médicos disseram que P.L. aspirou vômito […]. Nada trará meu sobrinho de volta e só Deus aliviará a dor que meu irmão está sentindo. […] Não tinha pediatra plantonista, a enfermeira saiu antes do seu plantão acabar. Apenas uma técnica de enfermagem deu um péssimo auxílio. O que dizer? Mataram meu sobrinho, mataram ele”, escreveu a tia.

Veja o vídeo do desespero do pai:

A declaração de óbito entregue a família aponta uma parada cardiorrespiratória como um dos motivos que levaram o bebê a morte. O laudo afirma também que uma causa “desconhecida” possa ter levado o bebê a óbito. De acordo com o Departamento de Informática do SUS (Datasus), são várias as causas que podem ser classificadas como “causas mal definidas e desconhecidas de mortalidade”. Dentre elas, está a morte sem assistência, que é a suspeita da família.

Procurada pela reportagem da ContilNet, a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) afirmou que havia sim um médico de plantão e, na noite do ocorrido, o profissional trabalhou durante toda o período noturno.

“O atendimento de P.L. foi realizado pelos médicos plantonitas e que estes são habilitados para tal atendimento, pois estão capacitados na área. A direção da unidade está levantando as informações para apurar os fatos. Caso seja identificado negligência, serão tomadas as devidas providências e os culpados serão responsabilizados.
O atendimento foi realizado de acordo com a necessidade do paciente”, diz a assessoria.

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