Mesmo com decisão judicial, paciente não recebe remédio do Estado

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Paciente diz que não tem condições de comprar o remédio

A paciente Gracilene Correia Menezes, 26 anos, moradora do bairro Arthur Maia, em Cruzeiro do Sul, que há 11 anos luta contra o Lúpus, denunciou que está há 5 meses aguardando o medicamento Micofenolato Mofetil para dar continuidade ao tratamento.

Ela alega que governo do Estado fornecia o medicamento, mas desde agosto de 2015, mesmo com determinação judicial proferida em 3 de setembro de 2015 pelo juiz da 1ª Vara Civil da comarca do município , o fornecimento foi suspendo.

De acordo com a paciente, a falta do tratamento acarreta problema nos rins, podendo ser preciso a realização de hemodiálise. Gracilene já procurou as autoridades competentes, mas até o momento não conseguiu o remédio.

Por mês, o tratamento custa R$ 2,7 mil sendo que cada caixa é R$ 900 e ela precisa de três por mês. Atualmente, sem condições de trabalhar, familiares e amigos que estão ajudando Gracilene com doações para que os medicamentos possam ser comprados.

Segundo a paciente, ela descobriu a doença quando tinha 15 anos de idade e não tem condições financeira de comprar o medicamento. Ela conta, ainda, que o não cumprimento da decisão judicial o Estado seria penalizado ao pagamento de multa diária de R$ 1 mil.

A reportagem procurou a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) que informou que o medicamento está em falta no momento, e que não tem prazo para produção de novos lotes.

“O medicamento Micofenolato de Mofetil está em falta devido a falta de matéria prima para produção do mesmo conforme carta apresentada pelo fabricante EMS e pelo distribuidor RECOL, sem previsão de retorno de produção de novos lotes”, disse Natália Takeuchi Ayres, do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos
da Sesacre.

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