Diante do grande número de testes para dengue realizados nas últimas semanas, a Sesacre (Secretaria Estadual de Saúde) reportou que 60% dos que deram negativo apontam para outra doença, a febre oropouche. Os dados foram revelados neste quinta-feira (18) em coletiva no prédio da Sesacre.
Mesmo com um aumento considerável de 106% de quadros de dengue em relação a 2023, o secretário Pedro Pascoal garante que mais da metade dos casos analisados são, na verdade, de febre oropouche, uma doença infecciosa bem presente nas américas e com casos já registrados no Acre.
“60% dos casos de dengue que deram negativo foram enviados para outro sequenciamento de estudos e deram positivo para a febre oropouche, uma doença que já é conhecida há muito tempo, mas que agora está sendo mais estudada. Observamos que os sintomas são bem parecidos com sintomas da dengue, mas que esse pacientes inicialmente não evoluem para um quadro grave. Então, já existe uma mobilização da saúde do Acre de estudos nos estados para que a gente consiga traçar ações”, afirma o Secretário.
A avaliação minuciosa dos casos foi realizada a partir de uma parceira entre a Sesacre e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que enviou um técnico para o Acre no intuito de coletar as amostras.
Além disso, Pedro Pasqual afirma que todas as unidades de saúde possuem estrutura 24h para atender todos os quadros da doença, inclusive, no Pronto-Socorro para pacientes graves.
O que é febre oropouche?
A febre oropouche é uma doença infecciosa aguda e é causada pelo vírus de mesmo nome. Além disso, a doença é causada por um arbovírus.
Quais são as causas da febre oropouche?
A febre oropouche ocorre em dois ciclos, o silvestre e o urbano. No ciclo silvestre, geralmente, costuma infectar macacos e bichos-preguiça, além de aves silvestres.
Seus transmissores na natureza são os mosquitos como Aedes serratus (Pará) e Coquillettidia venezuelensis (Trinidad).