Um levantamento do MapBiomas divulgado nesta quinta-feira (18) pelo jornal Metrópoles, aponta que o Brasil perdeu mais de 17 milhões de hectares em um ano para o fogo. Esse total representa um índice que supera o território do Acre.
Esse aumento representa a alta de 6% em área queimada, durante os meses de janeiro a dezembro de 2023, em comparação com o mesmo período do ano anterior. O pico nas queimadas ocorreu entre setembro e outubro do ano passado, quando 4 milhões de hectares foram atingidos pelo fogo a cada mês.
O MapBiomas disse ainda que a Amazônia foi o bioma mais afetado pelo fogo, com mais de 1,3 milhão de hectares queimados em dezembro de 2023, um aumento de 463% em relação ao mês do ano anterior.
Porém, no Acre, a situação foi diferente. De acordo com o painel de queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), levantados pelo ContilNet, a redução no número de focos de queimadas foi de 44,5% no estado.
Só em 2022, último ano do governo Bolsonaro, foram registrados de janeiro a dezembro, 11.840 focos de queimadas, um dos maiores índices já vistos no estado. Já em 2023, no mesmo período, o número despencou para 6.562 focos. Esse foi a menor dos últimos 6 anos, quando em 2017, o Acre atingiu 6295 focos.
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A redução dos focos de queimadas foi uma das prioridades da ministra Marina Silva, que em outubro do ano passado, explicou que o governo federal havia mobilizado brigadistas para conter o fogo na região Amazônica, que engloba o Acre.
“O principal vetor das queimadas é desmatamento, não existe fogo natural na Amazônia. O fogo ou é feito propositalmente por criminosos, ou é a transformação da cobertura vegetal para determinados usos e depois o ateamento do fogo”, disse a ministra durante coletiva.
Em relação ao governo do Estado, a Secretaria de Meio Ambiente explicou que em 2023 criou uma Sala de Situação; seguido do Decreto de Emergência Ambiental; Força-Tarefa pela Proteção Ambiental; Rede de Governança Ambiental; Plano de Prevenção, Controle do Desmatamento e Queimadas do Estado do Acre (PPCDQ-AC); Plano Estadual de Recuperação da Vegetação Nativa do Acre (Peveg); Comitê de Seca Prolongada; e a ação Limpa Rio Acre. Todas essas foram alternativas estabelecidas para conter o avanço das queimadas no Acre.