CBLOL não corre risco de ser integrado a outra liga, diz gerente

Executivo da Riot Games afirma que Campeonato Brasileiro de League of Legends "é muito sólido como produto" para perder vaga direta em torneios internacionais

O Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLOL) não corre o risco de ser integrado a outra liga e perder vaga direta nos campeonatos internacionais, apesar de esse movimento ter acontecido com outras competições menores nos últimos anos. Quem garante é o gerente de produtos da Riot Games no Brasil, Igor Corrêa, que está à frente dos esports de LoL no país.

Jogadores do time de LoL da paiN Gaming durante final do 2º Split do CBLOL 2023 contra a LOUD, no Ginásio Geraldão, em Recife — Foto: Bruno Alvares & Cesar Galeão/Riot Games

Jogadores do time de LoL da paiN Gaming durante final do 2º Split do CBLOL 2023 contra a LOUD, no Ginásio Geraldão, em Recife — Foto: Bruno Alvares & Cesar Galeão/Riot Games

Eu vou tentar falar no limite do que eu posso. O CBLOL é muito estratégico e é tratado como liga ‘major’ de forma geral. A gente não vê risco nenhum de perder ‘seed’ e tudo mais, que é um movimento que está acontecendo em algumas outras regiões realmente por uma estratégia de deixar mais coeso o que aquelas regiões apresentam — disse o executivo, em entrevista coletiva a jornalistas.

Por muita fragmentação de servidores e algumas coisas que a gente via. A gente mesmo, acompanhando daqui, entende que elas não entregavam a audiência e vários outros fatores que a gente enxerga que o CBLOL, como produto, é muito sólido, frente várias outras, até bate de frente com liga ‘major’. A gente não vê risco disso, estrategicamente falando.

Questionado se, apesar de os times do CBLOL não serem competitivos internacionalmente, são a audiência e o engajamento da comunidade que salvam o campeonato de não ser rebaixado no circuito, Igor respondeu:

— De uma forma simplista, não é só isso que é levado em consideração quando se toma esta decisão. Tem vários fatores de negócio, representatividade, o que a Riot acredita e a presença da Riot, não só falando de esports, mas a Riot em cada um dos países. Com certeza tudo que a gente entrega como comunidade, como times, é muito importante, mas não necessariamente salva. Só que deixa a gente em um bom lugar.

Nos últimos anos, a Riot tem rebaixado a importância de algumas ligas regionais históricas, como Turquia e Japão, integrando-as a um circuito maior e tirando delas as vagas diretas nos campeonatos internacionais.

A League of Legends Japan League (LJL), a liga japonesa de LoL, passou a fazer parte do ecossistema da Pacific Championship Series (PCS), que inclui ainda Oceania, outra região que perdeu o acesso direto aos torneios internacionais que tinha antes, Taiwan, Hong Kong, Macao e Sudeste Asiático.

Em outra mudança, a Turkish Championship League (TCL) entrou para o ecossistema da LEC, a liga europeia, que conta, além da Europa, com Comunidade dos Estados Independentes (CEI), Oriente Médio e África.

O CBLOL, embora tenha péssimos resultados internacionalmente, é um dos campeonatos mais assistidos do LoL, atrás apenas de LCK (Coreia do Sul), LEC (Europa) e LPL (China). Nas últimas edições, a audiência do CBLOL tem superado até mesmo a da LCS (América do Norte).

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