Trabalhadores de terceirizada paralisam atividades na Fundhacre por atraso de salários

A Empresa Maia & Pimentel é uma das terceirizadas no Estado que são denunciadas com frequência por atraso nos pagamentos de seus colaboradores

Nesta quarta-feira (24), trabalhadores da empresa Maia & Pimentel, que atuam no serviço de limpeza e conservação das instalações do Hospital da Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre), os chamados terceirizados, voltaram a denunciar que estão sem receber seus salários desse o mês de dezembro do ano passado. Os trabalhadores chegaram a paralisar suas atividades na última terça-feira (23) para chamar a atenção dos responsáveis e das autoridades para o assunto mas o movimento não surtiu efeito.

Os trabalhadores estão com salário atrasado desde o ano passado/Foto: Reprodução

Os servidores, que pedem para não serem identificados por temerem represálias como demissões, em sua grade maioria, recebem proventos de um salário mínimo por mês, em média. A empresa é contratada pela Secretaria de Saúde. “O que a gente é que, enquanto ganhamos um salário mínimo por mês, os donos da empresa recebem milhões do Governo e deixam de pagar a gente. Como é que vamos pagar energia elétrica? Como vamos comprar o material escolar dos nossos filhos?”, perguntou uma da servidoras, indignada.

A Empresa Maia & Pimentel é uma das terceirizadas no Estado que são denunciadas com frequência por atraso nos pagamentos de seus colaboradores. O caso já chegou até o gabinete do governador Gladson Cameli, que já se pronunciou e advertiu que empresas que atrasarem os salários de seu servidores terão seus contratos com o Governo do Estado rescindidos. Ao final do ano passado, ao falar sobre outra empresa terceirizada, a Red Pontes, que também foi denunciada por atraso nos salários de colaboradores, o governador disse que empresas terceirizadas só deveriam receber repasses relativos aos contratos depois que estivessem com as certidões regulares, incluindo a que atesta o pagamento de seus servidores.

“Como é que eu posso fazer qualquer tipo de pagamento se não tiver certidões que respaldam e que garantam que o servidor dela vai receber?”, questionou Cameli, na época. “Querem atrapalhar o governo, mas não vou deixar essas situações abalar”, acrescentou o governador.

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