Menor monta grupo nazista e obriga crianças a fazer automutilação

O líder do grupo responderá pelos atos infracionais cometidos de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente

PF faz operação contra pornografia infantil e apologia ao nazismo

PF/Divulgação

Polícia Federal (PF) apreendeu dois adolescentes por ato infracional análogo a abuso sexual infantojuvenil. Eles são suspeitos de apologia ao nazismo, a obrigar crianças a produzir vídeos íntimos e até mesmo a praticar automutilação.

O caso ocorreu nessa quarta-feira (24/1), em Ananindeua (PA) e Tabatinga (AM). A ação, com apoio da Polícia Civil do Pará, faz parte da operação Discórdia, que cumpriu sete mandados de busca e apreensão em cinco Estados.

A investigação identificou um grupo que utilizava aplicativo de troca de mensagens para cometer os crimes. Os mandados foram cumpridos em Ananindeua (PA), Tabatinga (AM), Paranaguá (PR), Fortaleza (CE), Guarulhos (SP), São Paulo (SP) e Garças (SP).

O adolescente de Ananindeua é suspeito de ser o líder de um grupo que praticaria apologia ao nazismo, maus tratos de animais e extorsão. Ele e outros administradores seriam responsáveis por coagir crianças e adolescentes para que enviassem vídeos íntimos; praticassem automutilação com os nomes de usuário dos administradores e com desenho de suástica; e cometessem maus-tratos a animais. A modalidade é conhecida como “sextorsão”; uma ameaça de divulgar imagens íntimas para forçar a pessoa a fazer algo.

O líder do grupo responderá pelos atos infracionais cometidos de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Em Tabatinga, adolescente foi apreendido em flagrante, durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão. Foi encontrada pornografia infantojuvenil no celular do alvo, que foi encaminhado à Polícia Civil na cidade.

Na operação, foram apreendidos celulares, HDs, computadores e notebooks, que passarão por perícia. As informações extraídas ajudarão no andamento das investigações e na identificação de vítimas.

O nome da operação, Discórdia, é uma referência ao aplicativo de mensagens utilizado pelos suspeitos. Os investigados deverão responder por produção, armazenamento e compartilhamento de material de abuso sexual infantil, apologia ao nazismo, “sextorsão”, e outros que possam ser identificados no decorrer das investigações.

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