Gloria Perez concedeu entrevista ao podcast Basta Cast e falou sobre a sentença de prisão de Guilherme de Pádua e Paula Thomaz, que assassinaram Daniella Perez em dezembro de 2022, quando ela tinha 22 anos de idade. Na ocasião, a autora de novela explicou por que aceitou a pena de 19 anos para o ex-ator e 18 anos e seis meses para a esposa dele.
“O problema sempre foi o Código de Execução Penal porque, se pelo menos as pessoas cumprissem aquele número de anos a que foram condenadas… E na época ainda tinha outra restrição, se você fosse condenado a mais de 20 anos, tinha direito a um segundo julgamento”, declarou.
Para Gloria, o juiz em questão fez o certo ao condenar o ex-casal com menos de 20 anos na prisão. “Então, para evitar isso, os juízes da época não chegavam a 20 anos, eles davam 19 e tanto, qualquer que fosse a gravidade do crime. Por isso que os dois levaram 19 e tanto, não, 40, 30 [anos]”, disse.
A autora explicou que, por conta da exaustão em conseguir o primeiro julgamento, aceitou menos de 20 anos de prisão para De Pádua. “Então você já tinha essa limitação, e com essa limitação não podendo passar dos 20, porque, veja, nós ficamos seis, sete anos para conseguir fazer o julgamento, é uma coisa exaustiva, aí vai fazer de novo mais seis, sete anos? Então, eu acho que o juiz fez bem de dar uma pena que não justificasse, nem permitisse um segundo julgamento”, completou.
Apesar dessa situação, Gloria Perez acredita que a Justiça nunca foi feita no assassinato de sua filha. “Agora dessa pena eles cumprem uma parte mínima… Então sempre foi a lei de execução penal o problema, por isso é que quando vem na manchete de jornal condenado a 60 anos de prisão, as pessoas ficam com a alma lavada, só que não vai ficar isso”, descreveu.
Por fim, a autora de novelas criticou os direitos a saídas temporárias em datas específicas, como dia dos pais e das crianças. “Continua a impunidade vigorando. É uma coisa muito louca, mas que o Brasil suporta ver isso”, finalizou.