Neste domingo, 4 de fevereiro, é celebrado o Dia Mundial Contra o Câncer, data que tem o objetivo de concentrar esforços para conscientizar as pessoas sobre a importância da prevenção da doença.
Pra mostrar a realidade da doença no estado, o ContilNet foi até o Hospital do Câncer, inaugurado em 2007, habilitado pelo Ministério da Saúde (MS) como Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), e que atua no tratamento de uma média de 600 pacientes semanalmente, que viajam de todas as partes do estado em busca de atendimento.
A unidade tem como público-alvo, pacientes com diagnóstico oncológico confirmado por histopatologia, mielograma ou biologia molecular, que buscam tratamento especializado nos serviços de quimioterapia, cirurgia, radioterapia e equipe multiprofissional.
Para conhecer um pouco mais do serviço prestado pelo hospital, a reportagem do Contilnet conversou com a médica oncologista Sergiane Gadelha, que explica sobre os trabalhos realizados na unidade.
“Aqui nós temos todos os tratamentos indicados pelo Ministério da Saúde, tanto para adultos como infantil. Temos serviços de internações, de emergência, e de clínica. Anualmente temos em torno de 750 a 850 pacientes cadastrados na unidade”, ressalta.
Segundo a médica, é importante que os pacientes busquem o acompanhamento regular com um médico. Em casos de descoberta precoce de câncer, as chances de cura são muito maiores.
“É muito importante buscar acompanhamento regular com o médico. Tem muitos pacientes que chegam aqui e que acabam descobrindo alguma doença em exames de rotina. Aqui também conseguimos investigar alguns pacientes que tem doenças oncológicas, com exames. Então é muito importanter fazer o acompanhamento médico e fazer exames regulares”, ressalta.
Tratamento
Francisca Oliveira, de 70 anos, é moradora de Feijó, e pelo menos duas vezes por mês viaja até Rio Branco para passar por quimioterapia contra um câncer na Faringe. Ela conta que está confiante em seu tratamento e que espera logo poder está saudável.
“Eu estou confiante que vou ficar bem. Eu estou quase boa, já fiz a tomografia e não deu mais nada. Tenho uma mancha no pulmão, mas nessa última tomografia que eu fiz, o médico disse que já estava diminuindo, bem pequeno”, conta.
A paciente conta que descobriu o câncer em 2019, mas que iniciou o tratamento tempos depois, na época da pandemia. “Eu descobri porque tudo que eu comia, ardia a minha garganta. Foi ficando mais ruim, então vim até Rio Branco para fazer um exame de imagem, a princípio o médico disse que era apenas uma irritação, me passou remédio, tomei e não deu em nada. Foi então que saíram as glândulas”, revela.
Ela conta que após vários exames descobriu o câncer e durante a pandemia iniciou o tratamento. “Eu já estava esperando, os sintomas me diziam. Eu não fiquei surpresa”, declarou.
Dados sobre o câncer no Brasil
Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), orgão auxiliar do Ministério da Saúde no desenvolvimento e coordenação das ações integradas para a prevenção e o controle do câncer no Brasil, revelam que são esperados 704 mil casos novos de câncer no Brasil para cada ano do triênio 2023-2025, com destaque para as regiões Sul e Sudeste, que concentram cerca de 70% da incidência.
O tipo de câncer mais incidente no Brasil é o de pele não melanoma (31,3% do total de casos), seguido pelo câncer de mama (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%).
Confira a vídeorreportagem exclusiva sobre o Hospital do Câncer, feita pelo ContilNet:
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