Luto: morre Dedê Maia, indigenista acreana e integrante de família tradicional

A informação de sua morte, por complicações a partir de uma cirurgia intestinal, foi dada por sua amiga Simone Bichara

A indigenista acreana Djacira Maia, a Dedê, faleceu neste sábado (3). Ela era integrante de uma tradicional família acreana, sobrinha do ex-senador Mário Maia, também já falecido.

Dedê ficou conhecida internacionalmente por conta do trabalho em prol dos povos indígenas do Acre/Foto: Le Monde/ Diplomatique Brasil

A informação de sua morte, por complicações a partir de uma cirurgia intestinal, foi dada por sua amiga Simone Bichara, em Rio Branco. A amiga assim se despediu de Dedé Maia:”Sei que é egoísmo, mas eu gostaria que você ficasse conosco muitos anos anos ainda”.

E acrescentou: Gratidão por anos de amizade. Sua trajetória de vida é bela. Fostes uma mulher incrível, guerreira, inovadora. Seu legado junto aos povos indígenas e à floresta amazônica é eterno. Uma vida dedicada a eles e à floresta”.

Uma história em prol dos povos indígenas

Dedê Maia começou seu trabalho na Comissão Pró-Índio do Acre (CPI-Acre) como professora indigenista, atuando na formação de professores indígenas durante o final da década de 70 ao final da década de 90 e até hoje contribui com algumas iniciativas da instituição.

Djacira Maia de Oliveira é acreana e tem suas origens nordestinas e indígenas. Como professora/Técnica Indigenista Especializada, trabalha entre os povos indígenas do Acre desde 1978. Como pesquisadora, colaborou na revitalização cultural tradicional (cantos, desenhos, festas, rituais, etc.) entre vários povos, com estudos e atuação mais presente, entre o Povo Huni Kuĩ (Kaxinawa). Ainda como pesquisadora foi mentora do projeto de construção e organização do Centro de Documentação e Pesquisa Indígena (CDPI) da CPI-Acre.

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