“Identificadas 60 transações”, alegou o MP ao denunciar Renato Cariani

A Justiça de Diadema aceitou o pedido do Ministério Público de São Paulo e tornou o influenciador fitness réu por associação ao tráfico

Renato Cariani, famoso e premiado influenciador fitness e outras quatros pessoas se tornaram réus no caso que apura desvio de produtos químicos para produção de drogas. Nesta sexta-feira (16/2), a Justiça de Diadema aceitou a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP/SP) contra o empresário.

Além de Cariani, também viraram réus Roseli Dorth, Fabio Spinola Mota, Andreia Domingues Ferreira e Rodrigo Gomes Pereira. Os acusados têm 10 dias para apresentarem suas defesas e como medida cautelas, os investigados precisam entregar seus passaportes em até 24 horas.

“Foram identificadas sessenta transações dissimuladas vinculadas à atuação desta associação para o tráfico, totalizando, aproximadamente, doze toneladas de produtos químicos (fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila), o que corresponde a mais de quinze toneladas de cocaína e crack prontas para consumo”, alegou o MP na denúncia. As informações são do G1.

Negociação com empresa de suplementos

Indiciado pela Polícia Federal por três crimes, Renato Cariani pode voltar a fazer divulgações de suplementos nas redes sociais. Isso porque, após ter seus contratos anteriores com a marca Supley cancelados, o influenciador fitness já está na mira de outra empresa. Ele está negociando com a Growth para divulgar seus produtos.

A corporação encaminhou a conclusão do inquérito para o Ministério Público na terça-feira (30/01). Antes do recesso, o órgão chegou pedir a prisão do influenciador duas vezes.

O encerramento das investigações

A Polícia Federal de São Paulo concluiu o inquérito contra Renato Cariani por suspeita de desvio de produtos químicos para a produção de toneladas de drogas para o narcotráfico.

O relatório final terminou com o indiciamento do influenciador fitness e de mais dois amigos pelos crimes de tráfico equiparado, associação para tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

A investigação, no entanto, não pediu as prisões dos três investigados. Todos respondem em liberdade.

A conclusão da PF foi encaminhada para o Ministério Público Federal que poderá ou não denunciar o grupo pelos crimes. Caberá depois à Justiça Federal decidir se o trio deverá ser julgado pelas eventuais acusações. Se forem condenados, eles poderão ser punidos com penas de prisões.

Renato Cariani, Fabio Spinola Mota e Roseli Dorth são acusados pela PF de usar uma empresa química para falsificar notas fiscais de vendas de produtos para multinacionais farmacêuticas. Segundo as investigações, oa insumos não iam para essas empresas, sendo desviados para a fabricação de cocaína e crack. As drogas abasteciam uma rede criminosa de tráfico internacional comandada por facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Cariani é sócio com Roseli da Anidrol Produtos para Laboratórios Ltda., empresa para venda de produtos químicos em Diadema, Grande São Paulo. Já Fabio Spinola é apontado pela investigação como responsável por esquematizar o repasse dos insumos entre a Anidrol e o tráfico.

A investigação apontou que, em seis anos, foram desviadas em torno de 12 toneladas de acetona, ácido clorídrico, cloridrato de lidocaína, éter etílico, fenacetina e manitol, substâncias usadas por criminosos para transformar a pasta base de cocaína em pó e em pedras de crack.

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