A Confraria dos Últimos Românticos: Fle-cha-da

Passei dias sem procurar. Ébria na esperança do esquecimento, embalada por música, vinho e amigos. Adormeci e acordei sem teu nome chamar.

Mas não posso mentir, na multidão da Virada procuro tua altura, com sorte ou azar nunca está. Nem sei se esteve. Por sorte não encontrei. Hoje li, e foi flechada.

O que dizer?

Que pedido. Dói no peito. Sei que amor é injusto, nunca pedi essa balança equilibrada, e nem sei se era pra mim tal apelo. Pedir pra ficar, depois de tudo. O que ficaria não seria eu, porque não foi você quando aconteceu o que aconteceu. Era aquela coisa que todo mundo guarda, mas você cultiva de forma diferente.

A distância é uma coisa maluca, não é mesmo? Nem sei se me lê mais, se me entende mais. Agora são desconhecidos que amam uma lembrança feliz. Ler depois de dias me atravessou o peito, deu taquicardia. Serviu pra lembrar que as coisas adormeceram, mas não deu tempo de morrer ainda.

Quando eu vou morrer pra você? quando você vai morrer pra mim?

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