Através das redes sociais, o agente penitenciário Adalicio de Almeida Silva, de 40 anos, preso na última terça-feira (10), pelo suposto crime de associação ao tráfico, anunciou que foi liberado em audiência de custódia. Ele agradeceu o apoio dos amigos e justificou sua liberação.
De acordo com sua postagem, não havia provas ou indícios suficientes para que a justiça o mantivesse preso.
Leia o texto do agente penitenciário na íntegra:
“Bom dia aos meus amigos do Facebook Venho por meio desta esclarecer o ocorrido de antes de ontem que é do conhecimento de todos. Desde já quero agradecer a todos os amigos que de primeira mão, não acreditaram e que torceram por mim e de forma sábia aguardaram o desfecho.
Quero dizer que estou em casa com minha família, graças à Deus.
Ontem fui para audiência de custódia e de lá fui Liberado para casa, só hoje estou informando, porque ontem foi um dia especial e ocupei meu tempo com a família que diga-se de passagem estiveram comigo o tempo todo. Muita gratidão a eles.
Por que fui liberado na audiência de custódia?
1- Eu não portava nenhum tipo de drogas ou similares;
2- Eu não portava armas e nem munições irregulares;
3- Eu não portava celular com procedências duvidosas, apenas o meu celular que foi periciado e nada encontrado;
4- Também foi feita a quebra de sigilo bancário e escuta telefônica por meio de grampeamento da linha, não houve irregularidade.
Não havendo no inquérito motivos que justificasse a minha prisão diante da ausência de provas concretas, a autoridade declarou-me livre.
Sobre o que a imprensa e algumas pessoas falaram: ‘Falamos o que queremos e respondemos pelo que falamos’. O que vale é minha consciência, o apoio de familiares e amigos”.
O acusado foi preso pela Polícia Civil na entrada do presídio Antônio Amaro, na terça-feira (10). Segundo o delegado Pedro Resende, ele já vinha sendo investigado há algum tempo sob a suspeita de fazer ‘correria’ para presidiários, levando droga e informações a pessoas do lado de fora da unidade prisional.
No momento da prisão, ainda segundo o delegado, ele teria jogado algo dentro de um lago que existe em frente ao presídio, e com ele foram encontradas cartas de detentos.
Buscas foram feitas com cães farejadores no lago, mas o objeto não foi localizado.
A polícia acredita que o pacote jogado na água contivesse a droga pela qual Adalicio vinha sendo investigado. Por isso ele foi preso por associação ao tráfico.