Bateu, levou!
Com este espaço sempre aberto aos comentários, o colunista, vez por outra, acaba por levar umas bordoadas. Faz parte do jogo. A turma da boquinha, claro, é a que mais reage às ideias aqui expressas, em geral com afirmações que visam me desqualificar profissionalmente. Em latim, tal estratégia é chamada de argumentum ad hominem, que significa ‘argumento contra a pessoa’. Trata-se de uma falácia que tenta provar o contrário do que foi dito com ataques àquele que falou.
É preciso mais que isso
Mas conforme já registrei aqui, é preciso mais do que zurros e balidos pra me assustar. Até porque imagino que à falta de bons argumentos deva sobejar o rancor. Mas não é aos ressentidos que me dirijo, e sim àqueles cuja interpretação diverge do que escrevi.
Elementar
Em relação aos nomeados pelo atual governador do PT, um leitor me advertiu ontem de que eles existirão em qualquer governo – o que é a mais absoluta verdade. Ocorre que minhas criticas são endereçadas à exorbitância dos cargos em comissão, e não à existência desse expediente legal que permite ao governador do momento montar seu staff com pessoas de sua confiança. E se ainda não havia explicado isso de forma tão rasa, foi apenas por respeitar a inteligência de quem me lê.
Registro
Deputado federal Alan Rick (DEM) fez questão de registrar, em sua fanpage no Facebook, a sua participação em evento com empresários e pecuaristas do estado, na noite da última quarta, 19.
Gratidão
Alan Rick chamou os anfitriões do evento de pessoas “valorosas que tocam uma área fundamental da nossa economia, baseada na produção e no desenvolvimento regional”. O deputado também externou sua gratidão pelo apoio de representantes do setor à sua candidatura à reeleição.
Tensão redobrada
A pesquisa eleitoral realizada pelo Ibope a pedido da Rede Amazônica, divulgada ontem, 21, pela afiliada da Globo no estado, deverá aumentar ainda mais o clima de beligerância entre os companheiros. A coluna ficou sabendo que na última quarta-feira, dois tubarões do PT andaram se estranhando em águas profundas. Quem viu garante que a coisa foi feia.
São os números
Com margem de erro de 3 pontos percentuais, a sondagem do Ibope deu a Gladson Cameli (Progressistas) 47% das intenções de voto na disputa ao governo estadual. Isso significa que o principal adversário do petista Marcus Alexandre (que somou 38%) pode ter entre 44% e 50% – o que indica a possibilidade de a campanha acabar em um único turno. Leia tudo aqui.
Clima de velório
Pra piorar, o senador Jorge Viana (PT), que concorre à reeleição, apareceu em terceiro lugar na sondagem do instituto, com 35% – atrás do emedebista Marcio Bittar (39%), e bem longe do senador Sérgio Petecão, do PSD (52%). Ney Amorim (PT) aparece como quarto colocado, com 30%; Minoru Kimpara (Rede) tem 12%; e Paulo Pedrasa (PSL), 1%. (Leia mais aqui).
Mal na foto
O Ibope também aferiu a avaliação dos eleitores em relação ao governo de Tião Viana (PT). E os dados não são nada animadores: apenas 22% dos entrevistados dizem que a atual gestão é ótima/boa, contra 39% que a consideram ruim/péssima.
Desaprovação
A maneira de governar do petista é desaprovada por 62% da população, contra apenas 33% dos que a aprovam. Outros 5% não souberam ou não quiseram responder.
Estilhaços
Ontem sobrou até mesmo para o porta-voz do governo, meu colega jornalista Leonildo Rosas – que nem é candidato. É que antes mesmo de a pesquisa Ibope ser divulgada, Rosas foi ao Facebook exaltá-la graças à ‘credibilidade’ do instituto.
Zen argumentos
Resta saber se o deputado estadual Daniel Zen (PT), líder do governo na Assembleia Legislativa do Acre, também vai pedir que o Ministério Público Eleitoral investigue o Ibope – a exemplo do que fez dias atrás, quando veio a público os números da agência Data Control, contra os quais o parlamentar reagiu com virulência.
Ele jurou!
Nesse cenário de derrocada após 20 anos em que o PT se acostumou a vencer eleições no Acre, o senador Jorge Viana foi a uma emissora de TV local e afirmou que abriu mão de sua pensão vitalícia de ex-governador.
Marajá
O tom despojado do parlamentar petista destoa – e muito! – do que ele declarou dois anos atrás, quando a grande imprensa revelou a lista dos 10 senadores que recebem supersalários. Em meio aos citados, Jorge Viana foi procurado pelo jornal O Globo, e declarou, com irritação: “Não vou me manifestar sobre essa questão. Está dentro da lei e enquanto estiver dentro da lei, eu vou continuar recebendo”.
Como as coisas mudam….
Viram só? O parlamentar petista disse que era tudo legal, e que receberia enquanto o fosse. Mas agora, a algumas semanas da eleição, ele jura que não embolsa mais a mixaria de R$ 33 mil mensais – uma excrescência que, a propósito, o ex-governador Orleir Cameli havia sepultado em seu governo.