A cidade de Rio Branco registrou na última sexta-feira (5) três mortes violentas e três tentativas de homicídios em menos de 12 horas, somente na área urbana da capital. Os dados oficiais ainda não foram confirmados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado do Acre.
No entanto, o dia já iniciou violento, por volta das 8 horas da manhã, quando um membro dos Bonde dos 13 foi morto a tiros por um capanga da facção. Logo após o crime, o autor foi preso pelos militares do 4° batalhão.
No início da noite de sexta, Anderson Silva Santos, 27 anos, foi morto também por uso de arma de fogo, no Conjunto Wilson Ribeiro, na região do Calafate.
Segundo informações da polícia, Anderson, já tinha passagens pelo presídio Francisco de Oliveira Conde e estava em liberdade há 4 meses. Antes do crime, vítima havia feito um vídeo na igreja, no qual rasgou a blusa de uma facção e anunciou seu desligamento da organização criminosa. Como retaliação, o homem foi morto.
A terceira vítima de homicídio foi o jovem Luciano Lima da Silva 24 anos, morto com 3 tiros, na Rua Flor do Caribe no bairro Rui Lino, também na noite de sexta.
De acordo com informações policiais, Luciano estava na frente de uma casa usando o celular quando dois homens, supostamente membros de uma facção rival, se aproximaram numa moto de onde o garupa desceu e efetuou 5 tiros contra a vítima. Três atingiram Luciano, que morreu ainda no local do crime antes da chegada do Samu.
O dia foi tão violento, que ocorreram ainda, três tentativas de assassinato. Dessas, duas foram registradas na região do segundo distrito da cidade. Em um dos casos, um deles foi vítima de golpes de facão.
Em ambos os homicídios, os casos serão registrados por agentes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Resposta do Iapen
Em contato com a assessoria de imprensa do Instituto Penitenciário do Estado do Acre (Iapen), a reportagem questionou se as mortes tiveram alguma relação com os detentos que foram soltos sem tornozeleira eletrônica.
Em resposta, o órgão informou não haver nenhuma relação dos homicídios com a questão, tendo em vista que os presos estão liberados em regime domiciliar. No entanto, os detentos estão sem qualquer tipo de controle devido a falta do equipamento que monitora a localização.