Áudios revelam que foragidos estão na mata aguardando para serem levados à Bolívia

Um dos oito sobreviventes de um dos acidentes mais trágicos da história aviação no Acre, a queda de um avião da Rico Linhas Aéreas com pelo menos 33 pessoas a bordo, no dia 31 de agosto de 2002, em Rio Branco (AC), o empresário João Célio Gonçalves, o “João Garapa”, de 69 anos, é um desses homens sobre os quis se pode dizer que já viu a morte de perto. E mais de uma vez. Na última delas, em dezembro de 2014, escapou de um assalto, dentro de casa, no qual seu segurança, o policial militar Marcos Roberto Araújo do Nascimento foi ferido à bala e morreu 16 dias depois de hospitalizado. Nos últimos dias, o sinal vermelho com o qual “Garapa” mantém sua vida sempre em estado de alerta, voltou a acender, e com intensidade.

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É que um dos foragidos do grupo de 26 presidiários que escapou da penitenciária “Francisco D’Oliveira Conde”, na madrugada da última segunda-feira (18), em Rio Branco – dos quais sete foram capturados – está exatamente o líder do assalto à “Garapa”. Trata-se de José Valdenes Viana da Silva, natural de Cruzeiro do Sul, conhecido como “Rambo”. Apontado como inteligente, bem articulado e falante, “Rambo” seria o líder do grupo de fugitivos, integrantes dos pavilhões “L” e “J” da penitenciária, onde ficam os condenados mais perigosos, todos com condenações superiores a 20 anos de prisão, caso de “Rambo”. Localizado e preso após ser “dedurado” por seu compara de crime, um certo “Pica-Pau”, que morreu, “Rambo” teria jurado vingança contra “João Garapa”, logo após ser preso.

Presídio Francisco de Oliveira Conde/Foto: reprodução

A fuga do bando sob a liderança do homem que o ameaça deixaram os cabelos do empresário ainda mais embranquecidos. Desde que soube da fuga do homem que o atacou em casa, “João Garapa” sumiu do supermercado que mantém no centro de Cruzeiro do Sul e deixou os passeios matinais pelas ruas cidade nas quais cresceu vendendo, ainda criança, o caldo de cana que acabaria por lhe emprestar o apelido que o marcou como um sinal na pele.

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Por enquanto, “Garapa”, que permanece em Cruzeiro do Sul, não teria com que se preocupar: o bando em fuga, sob a liderança de “Rambo, ainda estaria em Rio Branco. Áudios captados por investigadores do serviço reservado do sistema de segurança do Estado, e obtidos com exclusividade pelo ContilNet, informam que os fugitivos estão numa área de mata fechada na região da Vila Acre, na região do Segundo Distrito da cidade, à espera de um carro que possa levá-los à Bolívia, destino final da fuga.

Em território boliviano, os fugitivos acreanos juntar-se-iam aos foragidos da mesma facção – o PCC – que se evadiram de uma penitenciária na fronteira com o Paraguai, um dia antes da fuga em Rio Branco. Nos áudios já em poder das autoridades de segurança, bandidos conversam e um deles diz que o grupo está só esperando veículos para “puxar ferro” (viajar, mudar de local, na gíria do crime) na madrugada desta quarta-feira (22).

Ouça os áudios:

ÁUDIO 1

ÁUDIO 2

ÁUDIO 3

ÁUDIO 4

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