ContilNet Notícias

De “homicida” a “ídolo”: contratação de goleiro Bruno por time do AC divide a internet

Por EVERTON DAMASCENO, DO CONTILNET

***ARQUIVO*** GOLEIRO BRUNO - A polícia investiga se o goleiro Bruno, do Flamengo, teve participação no desaparecimento da ex-namorada Eliza Samudio. Eliza tentava provar que o atleta é pai do seu filho, de quatro meses. (Foto: Alex Carvalho/Agif/Folhapress)

A contratação do goleiro Bruno Fernandes, condenado pela morte de Eliza Samúdio, para o Rio Branco Football Club, comunicada neste último domingo (26) pelo presidente Valdemar Neto, gerou algumas repercussões nas redes sociais.

Se por um lado a chegada de Bruno foi comemorada, com comentários do tipo “meu ídolo”, “ótima contratação” e “ganhou mais apoiadores” – feitos em sua maioria por torcedores homens -, por outro lado, as críticas não foram poupadas. “Vergonha” é a palavra mais comentada na publicação do RBFC, em que Valdemar anuncia a contratação, além de frases como “tomara que percam os patrocinadores”, “a bandeira manchada de sangue” e “isso aí passa do limite”.

Neto classificou a negociação com Bruno como uma das “maiores da história do clube”. O goleiro chega na capital essa semana para compor o elenco nesta temporada”, declarou o dirigente do Estrelão.

“Ao anunciar a contratação de um assassino, o presidente do clube disse que essa é uma das maiores contratações da história. Uma vergonha pro futebol acreano! Que a torcida e toda a população se unam para repudiar essa contratação absurda e asquerosa”, disse a internauta Maisa Naluy Melo de Macêdo.

Um internauta acrescentou que “todos merecem uma segunda chance” e “espera que Bruno traga alegria ao time”.

“Parabéns. Bruno é um ótimo goleiro. Eu como goleiro tinha ele como inspiração antes do ocorrido com ele, mas, enfim, acho que acertaram, todos merecemos uma segunda chance. Espero que ele esteja arrependido e possa dar alegria para o Estrelão”, comentou.

Bruno, em 2013, foi condenado a 22 anos e 3 meses pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio e também pelo sequestro e cárcere privado do filho Bruninho. Em 19 de julho do ano passado, a Justiça de Minas Gerais decidiu conceder regime semiaberto domiciliar ao ex-goleiro.

Seu retorno ao futebol, também em 2019, foi criticada, inclusive, pela jornalista Jéssica Senra, que dividiu a bancada do Jornal Nacional com o acreano Ayres Rocha.

“Desejamos e precisamos que pessoas que cometem crimes tenham a possibilidade de refazer suas vidas, mas diante de um crime tão bárbaro, tão cruel, poderíamos tolerar que o feminicida Bruno voltasse à posição de ídolo? Que mensagem mandaríamos à sociedade?”, questionou a apresentadora.

“Atletas são referências. Contratar para um time de futebol um assassino, um homem que mandou matar a mãe do seu filho, esquartejar, dar o corpo para os cachorros comerem é um desrespeito. É um desrespeito a nós mulheres”, completou a profissional da TV Bahia.

VEJA ALGUMAS REAÇÕES DOS ACREANOS À CONTRATAÇÃO

Sair da versão mobile