Comemora-se neste 5 de Setembro, o Dia Nacional da Amazônia, criado a partir da Lei nº 11.621, de 19 de dezembro de 2007, com o intuito de conscientizar as pessoas sobre a importância da maior floresta tropical do mundo e da sua biodiversidade para o planeta.
O Acre, como parte dessa região também denominada Amazônia Legal, que compreende os estados do Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, está entre os 3 que mais causam danos ao próprio lugar de sobrevivência, com explorações agressivas.
Coincidentemente, talvez, a data – pensada no ano de 1850 pelo Príncipe D. Pedro II, que decretou a criação da Província do Amazonas (atual Estado do Amazonas) – é celebrada em um dos períodos mais secos, por conta do verão intenso que atinge a região, onde os focos de queimadas também são mais registrados, concomitantemente.
Desde o primeiro dia do ano de 2020 até esta sexta-feira (4), mais de 60 mil focos de queimadas foram registrados em toda a Amazônia Legal, de acordo com o relatório oficial do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC). 30,9% localizavam-se no estado do Mato Grosso (20.405), 22,3% em Pará (14.736) e 16,5% em Amazonas (10.859). O Acre ocupa o 6° lugar no ranking (6,2%), com 4.086 focos de queimadas.
No ano de 2019, durante o mesmo período, no Acre foram registrados 3.426 focos. Ou seja, mais de 1000 focos a menos do que o que já foi contabilizado em 2020.
Os municípios de Feijó, Tarauacá e Manoel Urbano foram os que apresentaram o maior número de focos acumulados no período.
As reservas extrativistas, áreas de proteção e o Parque Nacional da Serra do Divisor também foram afetados pelas queimadas, quando mais de 400 destes focos foram registrados nas referidas unidades.
O acumulado mensal de focos de queimadas no estado do Acre, entre o início do mês de setembro (01/09) e quinta-feira (03/09) foi de 42 focos de queimadas, segundo dados do satélite de referência.
Situação de Emergência
O governador Gladson Cameli (sem partido) decretou situação de emergência devido a seca do Rio Acre e outros mananciais e a grande quantidade de queimadas.
O decreto foi publicado no Diário Oficial do Acre da última terça-feira (1) e leva em conta a escassez de chuvas que se estende desde o primeiro semestre e tende a permanecer por mais dois meses, com severa diminuição do nível dos rios e da Umidade Relativa do Ar, fato que aumenta o risco de incêndios florestais e queimadas urbanas potencializando os danos à saúde e ao meio ambiente.
Seca e entulhos no Rio Acre
Além da severa seca que atinge o Rio Acre e compromete o fornecimento de água para a população, muitos entulhos presos às colunas das pontes do centro de Rio Branco foram registrados na última semana pelo fotógrafo Juan Diaz.
Veja alguns dos registros: