Diretora do IMAC foi 1ª empresária a aderir à produção de madeireira sustentável no AC

A nova diretora do IMAC, a empresária Adelaide de Fátima, deixou o sindicalismo do setor madeireiro com o segundo maior PIB de 2019 e mais de 3 mil empregos diretos gerados em todo o estado. Uma história que começou em 1995, na década de 80. Segundo Fátima, “aos 13 anos já sabia medir e identificar qualquer tipo de árvore”, disse. Quando veio para o norte, acompanhou um movimento de madeireiros que desmatavam de forma ilegal e destruía sem piedade a Amazônia.

Adelaide de Fátima é a nova diretora do Imac/Foto: cedida

Foi quando liderou um novo movimento, dessa vez, pela regularização do trabalho nas florestas. Em 2000, junto com um grupo de cinco empresários, Fátima implantou os primeiros passos para o manejo florestal no Acre.

A ideia recebeu apoio do então governador Jorge Viana, que projetava agregar valor aos produtos florestais. “O governo nos ofereceu assistência técnica e o direito a exploração de 500 hectares de forma manejada, em contrapartida tínhamos que disponibilizar equipes para o trabalho e nos comprometermos a trabalhar com o manejo florestal”, lembrou a empresária.

O reconhecimento veio rapidamente. Em 2004 ficou entre as dez finalistas da nona edição do “Prêmio Claudia” editora Abril, criado para promover o reconhecimento do trabalho de mulheres que fazer a diferença na vida dos brasileiros. Em 2005 foi a segunda colocada no prêmio da Confederação Nacional da Indústria e, em 2006, a mulher que chegou a ser conhecida como “destruidora da floresta” ganhava projeção nacional e internacional pela ideia de sustentabilidade. Ficou entre as dez mulheres pioneiras que mudaram a história do Brasil, um prêmio da Revista Claudia.

Adelaide foi destaque na revista Cláudia/Foto: cedida

“A necessidade não era apenas de ganhar a simpatia da população, ou mudar o conceito que envergonhava meus filhos na escola, mas, adequar a produção ao modelo sustentável em nome da Amazônia e do futuro de todos” acrescentou à ContilNet.

Em 2019, por intermédio de Adelaide de Fátima, foi fechado o maior negócio da Expoacre. O empresário Francês Fabrice Jaquier, acreditando no novo momento que a economia do estado vive, fechou a compra de 150 containers de madeira certificada ao longo de um ano. O volume dessa transação vai injetar na economia local cerca de R$ 20 milhões.

“Toda esta madeira tem a Europa como destino, sobretudo, a França. A matéria-prima é altamente cobiçada pela construção civil e indústria moveleira europeia” explicou Adelaide.

No ano passado, o setor madeireiro movimentou algo em torno dos R$ 45 milhões, sendo o segundo maior PIB do Estado. 25 anos depois de participar do primeiro movimento sindical do setor, para Adelaide, a geração de mais de 3 mil empregos diretos é o maior prêmio de sua luta.

Em 2000, junto com um grupo de cinco empresários, Fátima implantou os primeiros passos para o manejo florestal no Acre/Foto: cedida

“Hoje tenho muito orgulho do setor madeireiro que trabalha dentro da legalidade. Esse grupo mostra ao mundo que é possível desenvolver sem desmatar de forma ilícita. Aprendemos muito durante mais de duas décadas para chegar onde chegamos e termos o respeito e o reconhecimento no Brasil e no exterior” concluiu Adelaide.

O vice-presidente do Sindusmad, Thyago Barlatti assumiu a presidência. O movimento é considerado um marco na
história do setor madeireiro do Estado, sendo responsável pela mobilização do setor em prol do manejo e da certificação florestal.

Aliada às organizações não governamentais, como a WWF e a UICN, a associação tem suscitado o debate e promovido fóruns participativos para o setor madeireiro. Além disso, a Asimmanejo tem assento no Conselho Estadual de Meio Ambiente, no Conselho de Floresta, entre outros.

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