Afastado da função de juiz eleitoral pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AC) do Acre, o juiz Giordane Dourado falou com exclusividade à reportagem do ContilNet nesta sexta-feira (16). De acordo com ele, não existe nenhum fundamento legal que justifique a suspensão.
O caso analisado em questão, envolve Claudia Pinho Dourado, esposa do magistrado, que trabalha na coordenação da campanha de Roberto Duarte, candidato a prefeito de Rio Branco. A corte considera que o caso pode causar interferência no pleito.
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“Eu não posso criticar a decisão do TRE, por uma questão ética. O que posso falar é que não existe nenhum fundamento legal para meu afastamento. Não há nenhuma conduta minha que demonstre suspeita”, comentou.
Em sua defesa, disse que no próprio julgamento, o desembargador Luiz Camolez argumenta que não existe nada contra ele.
“O corregedor Camolez declara que não há nada contra mim. E exatamente por não ter nada contra mim, é que há várias manifestações de apoio nas redes sociais, inclusive do presidente da OAB, que fiscaliza, também, o trabalho do magistrado”, comentou.
Ao encerrar a entrevista, o juiz disse que o próprio Ministério Público Eleitoral (MPE) fez declaração parecida com a do desembargador.
“O próprio Ministério Público, quando oficiou ao TCE, disse que não tinha nenhuma informação que pudesse macular minha atuação. Pelo contrário, disse que eu era eficiente, competente e demonstrava probidade. Estranho muito que eu tenha sido afastado sendo elogiado pelo MP”, finalizou.