O vice-governador Wherles Rocha (PSL) comentou, em seu Facebook, a denúncia do Ministério Público do Acre (MPAC) contra ele por abuso de poder ao inocentar, em maio deste ano, sem justificativas, a militar Raquel Santos de Souza, que sofreria punições internas no quartel.
Para Rocha, ela foi alvo de injustiça e do uso de poder de forma indevida por parte do comandante dela a época. “Continuarei discordando das injustiças praticadas na Caserna da PM e do Corpo de Bombeiros e, naquilo que eu puder intervir, assim eu farei”, disse o ex-militar.
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Ele se comparou à colega ao lembrar de quando entrou em conflito com o comando ao ser acusado de indisciplina, há mais de 10 anos, por ter liderado uma greve militar por melhores condições de trabalho e salário.
“Sei quando o poder é usado para beneficiar e quando é usado para prejudicar alguém na Caserna. Senti na pele o que é ser perseguido, sofrer injustiça, ser preso por discordar de opiniões e não poderia e não posso compactuar esse tipo de atitude”.
A denúncia contra Rocha por abuso de poder foi feita pela Associação dos Oficiais da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Acre. Segundo o vice-governador, o oficial que teria punido Raquel tem ego ferido e exerce forte influência na associação, tendo orientado a ida da entidade ao MPAC.
“Ao analisar as punições da militar supracitada, percebi indícios que me convenceram do uso do poder de forma indevida por parte do comandante dela a época”.
Por fim, Rocha diz que está à disposição da promotoria de Patrimônio Público, do MPAC, Myrna Mendonza, que guiará o inquérito contra o major.