Chegou ao fim neste domingo (29) a saga de Tião Bocalom para vencer uma eleição no Acre. Após 14 anos lutando por um mandato, ele se consagra o grande ganhador do pleito de 2020 em Rio Branco, com boa vantagem sobre todos os adversários, tanto no primeiro quanto no segundo turno.
Desde 2006, quando renunciou à prefeitura da pequena Acrelândia, foram seis candidaturas ao Executivo, entre governo do estado e prefeito da capital, e uma à Câmara dos Deputados.
A primeira derrota veio já em 2006 para o governo. Na época filiado ao PSDB, Bocalom ficou em terceiro lugar, perdendo para Binho Marques (PT), que foi eleito no primeiro turno, e para Márcio Bittar, então no PPS.
Dois anos depois, o projeto Produzir para Empregar, capitaneado pelo candidato, amargou a primeira derrota para a prefeitura de Rio Branco, ficando novamente em terceiro lugar. Naquele pleito, Raimundo Angelim (PT) conquistou seu segundo mandato. O hoje aliado Sérgio Petecão (PSD) era adversário na disputa e foi o segundo mais votado.
Em 2010, Bocalom, ainda no PSDB, cresceu na preferência do eleitorado e por 0,82% dos votos não foi para o segundo turno contra o petista Tião Viana, que venceu o pleito de primeira.
Em 2012 veio mais uma eleição municipal e lá estava Bocalom disputando contra uma cara nova do PT, Marcus Alexandre. O então tucano obteve um feito inédito até então: ir para o segundo, porém sem sucesso. Ele obteve 49,23% dos votos válidos e quase chegou lá.
Meses depois, deixou o PSDB e foi para o DEM, por onde disputou o governo do Acre em 2014, perdendo para Tião Viana (PT) e o então tucano Márcio Bittar. O petista foi reeleito no segundo turno.
Em 2016, após sucessivas derrotas, decidiu não participar das eleições.
Bocalom largou o DEM e migrou para o PSL durante o auge do bolsonarismo e em 2018 tentou uma das oito cadeiras na Câmara dos Deputados, em Brasília. O candidato obteve 21.872 votos, sendo o quinto mais votado. No entanto, ficou de fora da legislatura por conta do quociente eleitoral.
Agora no Progressistas, o prefeito eleito de Rio Branco assume seu primeiro mandato eletivo em 14 anos no dia 1º de janeiro de 2021. Ele derrotou Socorro Neri (PSB) no segundo turno com 62,93% dos votos válidos.