20 de abril de 2024

Eleição para a mesa-diretora da Câmara de Vereadores divide base de Tião Bocalom

A disputa pelo comando da mesa-diretora da Câmara de Vereadores de Rio Branco para o próximo biênio já começou e divide a base parlamentar de Tião Bocalom menos de duas semanas após o fim da Eleição majoritária. Tanto o Progressistas, partido do prefeito eleito, quanto o PSD, da vice Marfisa Galvão, querem o comando da Casa e se articulam nos bastidores em busca de apoio.

O Progressistas fechou unido em torno do vereador reeleito N. Lima, que confirmou candidatura à presidência do parlamento-mirim em reunião na sede do partido na noite desta terça-feira (8). Ele tem o aval de toda a executiva municipal e dos dois futuros colegas de bancada, Samir Bestene e Rutênio Sá.

Em entrevista exclusiva ao ContilNet, Lima afirmou que tem conversado com o PDT, que também fez três vereadores, para costurar uma aliança com garantia de espaços na mesa. O deputado estadual pedetista Luis Tchê, que preside a legenda no Acre, chegou a sentar com um dirigente do Progressistas para tratar sobre o assunto, revelou o parlamentar.

Outro partido que se dispôs a conversar com N. Lima foi o PSB, sigla da prefeita Socorro Neri, que foi para o segundo turno com Tião Bocalom. A legenda tem o atual comando da Casa na pessoa de Antonio Morais e fez o mesmo número de vereadores que o PP e o PDT.

O PSL de Hildegard Pascoal também está no radar do Progressistas e pode vir a compor a chapa para a mesa-diretora. Se esses apoios forem confirmados, mais da metade dos parlamentares estariam fechados com N. Lima, o que garantiria sua vitória.

No entanto, a vereadora reeleita Lene Petecão, do PSD, não esconde a pretensão de comandar a Casa e vem fazendo sua própria articulação. Ela já recebeu a confirmação de apoio do DEM, que elegeu o vereador Francisco Piaba, e tem dialogado com o MDB e o PSDB, que fizeram dois parlamentares, cada, além do PROS, do pastor Arnaldo Barros.

Questionados se a divisão da base de Bocalom na disputa para a presidência da Casa sinaliza uma ruptura na aliança entre PP e PSD, tanto N. Lima quanto Lene Petecão negaram. Ambos afirmaram que suas candidaturas refletem a não interferência do prefeito eleito no parlamento.

“Bocalom foi claro ao dizer que preza por um legislativo independente e que não vai intervir no processo. Ele deu esse caminho e está correto”, disse Lene Petecão. “Desde o primeiro momento comuniquei meu partido e comecei a conversar. Tenho dialogado com todos para uma mesa plural. Estou muito tranquila. Já fui vice-presidente e assumi o comando da Câmara várias vezes. Tenho experiência nisso”, completou.

“Não há ruptura na base do Bocalom. O prefeito deixou tudo muito aberto para que cada um pleiteasse o espaço que quisesse. Eu me viabilizei dentro do meu partido e vou encarar o desafio. A Lene também tem todo o direito de buscar a presidência. Nós somos amigos”, finalizou N. Lima.

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