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Após macacos com febre amarela no AC, entidade alerta: “São sentinelas da doença”

Por EVERTON DAMASCENO, DO CONTILNET

A Sociedade Brasileira de Primatologia fez um alerta depois do caso envolvendo macacos encontrados agonizando no interior do Acre, posteriormente diagnosticados com febre amarela. Logo que os animais foram encontrados, inúmeras especulações de que estavam com covid-19 foram levantadas.

“Os macacos Bugios encontrados agonizando no Acre em março/21 testaram positivo para o vírus da febre amarela (não era Covid-19), e serviram de alerta para as autoridades, que redobraram seus esforços contra a doença, impedindo contaminações em humanos”, destacou a sociedade.

“Eles não só não transmitem Febre Amarela como são verdadeiros sentinelas da doença, nos ajudando a detectá-la previamente e assim conseguir combater a disseminação antes mesmo do vírus chegar em nós, humanos”, continuou.

O caso chegou à Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) e foi encaminhado para o Instituto Evandro Chagas, que confirmou febre amarela.

Os macacos são considerados sentinelas para a febre amarela, uma doença grave que chega a matar 30% das pessoas infectadas. Por ser grave em humanos, e mais grave ainda em macacos – em bugios a mortalidade chega a impressionantes 90% –, o menor sinal de mortandade de primatas não-humanos na floresta é indicativo de que nesse local pode estar sob incidência do vírus, que é transmitido pelos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Por isso, a coleta dos animais mortos pela vigilância sanitária, posterior laudo e notificação das autoridades de saúde são obrigatórias.

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