O atraso no pagamento do salário de servidores terceirizados da Educação estadual pautou, nesta terça-feira (20), o discurso dos deputados Antonia Sales (MDB) e Fagner Calegário (Podemos) na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).
Uma funcionária, moradora do Bujari, com quatro meses sem receber salário em dia teria entrado em contato com o gabinete de todos os parlamentares para contar sua situação, o que comoveu os dois deputados.
De acordo com Calegário, o total de trabalhadores nessa situação chega a 2 mil. “É uma questão humanitária. Essas pessoas estão passando fome e não podemos de forma alguma fazer de conta que nada está acontecendo”, lamentou o parlamentar.
Ele criticou a forma com a qual a Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Cultura (SEE) vem tratando o caso. “Dizem que não pagam as empresas porque elas têm problemas, quando a gente sabe que há formas de resolver isso”.
Antonia Sales usou o exemplo do atraso no salário desses servidores para se opor à tentativa do governo de privatizar o setor de ortopedia do Pronto-Socorro de Rio Branco.
“Não temos bons exemplos de que a terceirização é positiva para o trabalhador. As pessoas estão desesperadas e não sabem mais o que fazer com o salário que não cai na conta”.