22 de abril de 2024

Prefeito da Capital anuncia que vai seguir ‘Lockdown’ após relutar pela medida

CAMPO GRANDE (MS) – O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, que relutava e mesmo em situação se agravando, prometia a comerciantes que não faria Lockdown, nesta quinta-feira (10), viu medida extrema ser realizada ‘de cima’, com decreto do Governo do Estado. Agora, o chefe do executivo municipal garante que vai seguir as determinações do Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança na Economia), que classificou a Capital na bandeira cinza, risco extremo, que levam a medidas mais restritivas, que  terão vigência  a partir de amanhã, 12 a 24 de junho.

“Campo Grande, nós vamos seguir as recomendações do corpo técnico do Prosseguir”, afirmou a pouco o prefeito, após a divulgação e repercussões nesta quinta-feira (10), do novo mapa que impõe para 43 cidades, incluindo Capital, toque de recolher das 20h às 5h e funcionamento de apenas 51 atividades.

Contudo, as regras também do Governo estão bem distantes do que seria um “Lockdown 100%”. Campo Grande e outros 50% dos municípios de MS, como noticiamos a pouco, entraram na “bandeira cinza” e terá que fechar todas as atividades não essenciais a partir de amanhã, como shoppings, bares e restaurantes. Mas, outras 51 atividades, como até academias e igrejas, por exemplo. As duas citada, podem abrir, por terem sido incluídas como essencial, em Leis que surgiram entre um ano e meio de Pandemia do Covid no Brasil e MS.

A Capital, até no início da semana, havia recebido a classificação vermelha, mas diante do agravamento alto da situação, o governo estadual revisou os parâmetros durante a noite de ontem (9) e reenquadrou a cidade. A medida foi tomada porque todas as macrorregiões do Estado tem 100% dos leitos ocupados ou se muito não caem dos 90% de lotação.

Novo mapa do Prosseguir

O novo mapa do Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança na Economia), divulgado na edição de hoje do Diário Oficial do Estado, mostra 43 municípios de Mato Grosso do Sul com a bandeira mais restritiva, com alerta de risco extremo para a covid-19. Nessa lista, entra também Dourados, que já comemorava a redução no risco, mas também foi reenquadrada.

Decreto do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) também publicado nesta quinta-feira torna o Prosseguir obrigatório. Antes, era apenas uma recomendação. “Os municípios deverão adotar, no âmbito de seus territórios, as recomendações emitidas pelo Comitê Gestor do Prosseguir, as quais terão caráter vinculativo e deverão ser fixadas em consonância com as bases e as diretrizes constantes do Decreto Estadual nº 15.462, de 25 de junho de 2020, que cria o referido Programa, e demais normativos que regem a matéria”

Mas existe uma brecha para burlar o decreto. Conforme o documento, os municípios que não adotarem as recomendações a que se refere deverão apresentar as “justificativas técnicas” para o descumprimento perante a Secretaria de Estado de Saúde, que procederá a sua avaliação.

Os municípios com risco extremo pela bandeira cinza é válida para Água Clara, Alcinópolis, Amambai, Anastácio, Antônio João, Aparecida do Taboado, Bataguassu, Batayporã, Bela Vista, Bodoquena, Bonito, Brasilândia, Caarapó, Camapuã, Campo Grande, Chapadão do Sul, Coronel Sapucaia, Corumbá, Costa Rica, Deodápolis, Dourados, Fátima do Sul, Iguatemi, Itaporã, Itaquiraí, Ivinhema, Japorã, Jardim, Juti, Maracaju, Miranda, Naviraí, Nova Alvorada do Sul, Novo Horizonte do Sul, Ponta Porã, Porto Murtinho, Rio Brilhante, São Gabriel do Oeste, Selvíria, Sete Quedas, Sidrolândia, Terenos e Três Lagoas.

No fim de maio, Dourados, segunda maior cidade do Estado decretou fechamento, após entrar na bandeira cinza e o prefeito Alan Guedes (PP) tomou medidas ainda mais restritivas: Lockdown e “lei seca” por 14 dias, vigente até este sábado, 12 de junho.

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A lista de atividades essenciais inclui ainda supermercados, transporte coletivo, bancos e lotéricas. Já o comércio central, por exemplo, não pode ter atendimento presencial. A bandeira de coloração cinza indica risco extremo para transmissão do coronavírus.

 

 

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