Considerada como a terceira maior cidade do Acre, Sena Madureira viveu tempos áureos com relação a produção da borracha, denominada como o “ouro negro da Amazônia”, em décadas passadas. Nos seringais espalhados pelos rios Iaco, Caeté, Purus e Macauã, centenas de pais de famílias se dedicavam à extração do leite da seringueira para fabricar o produto e, por consequência, garantir seus sustentos.
Mas, com a decadência da borracha, ocasionada por sua desvalorização, essa realidade mudou. Muitos seringais foram desativados e Sena Madureira deixou de ser um grande exportador desse produto.
Somente nos últimos anos é que tal atividade ressurgiu, mediante o surgimento da empresa Veja que começou a comprar a borracha do Vale do Iaco para a fabricação de calçados. “Neste ano, a empresa aumentou o preço. Atualmente compra a 10 reais o quilo”, informou dona Lila, gerente da Cooperiaco em Sena Madureira.
Esse é o valor pago pela empresa, porém há ainda o subsídio pago tanto pelo Governo Federal quanto pelo estadual. Somando o subsídio ao que é pago pela Veja, o seringueiro tende a receber pouco mais de 15 reais.
Atualmente há seringueiros atuando nos quatro rios de Sena Madureira, entretanto, a maior produção é oriunda do Rio Macauã.