Abandono afetivo paterno: no dia dos pais, quantos estiveram presentes?

No último domingo (08) celebramos o Dia dos Pais, mas quantos pais estiveram e estão presentes na vida de seus filhos e filhas nesta data? A ausência paterna na vida, criação e manutenção financeira se configura como abandono afetivo. Em alguns casos há presença financeira, contudo, não acontece o mesmo com a presença afetiva, essa continua sendo cada vez menos aparente.

Atualmente temos cerca de 5,5 milhões de brasileiras e brasileiros sem o nome do pai em seus documentos pessoais e no último ano (2020) cerca de 6% das crianças nascidas não tiveram o nome do pai presente em suas certidões de nascimento. Esses dados nos apontam a urgência de pensarmos como as masculinidades têm se construído e de que modo mães estão sendo sobrecarregadas por cuidados e responsabilidades que deveriam ser compartilhadas.

Afeto não é restrito ao se tornar mãe, é também uma responsabilidade ao se tornar pai, contudo, estamos inseridos/as em uma cultura que nos apresenta modelos restritos do que é ser pai e, este comumente inclui, exclusivamente, o sustento financeiro. Entretanto, “nem só de pão” vive um filho/a, para que a criança possa se desenvolver de modo saudável, física e emocionalmente, é preciso um ambiente seguro, nutrido por cuidado, apoio e afeto. Segundo as pesquisadoras brasileiras Colossi e Damiani (2015) a participação afetiva do pai na vida de seus filhos e filhas contribui para um cenário que promove segurança, autoestima, autonomia e desenvolvimento de habilidades sociais. Hoje, outros arranjos familiares e formas de paternar estão emergindo, como a de homens trans e casais homoafetivos, elas nos sinalizam que ser pai vai bem além de gerar biologicamente um filho ou filha, mas de fornecer um lar seguro em afeto para que os/as filhos/as cresçam e se desenvolvam plenamente.

Instagram: @psi.kahuana

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