A crise hídrica e histórica prevista por especialistas e pela Defesa Civil no Acre já começa a afetar inúmeras famílias que não vivem às margens dos rios, mas dependem de poços artesianos em vários bairros de Rio Branco.
Em entrevista ao ContilNet, nesta terça-feira (10), o bombinador Benedito Sales, que trabalha há pelo menos 10 anos com o conserto de eletromotores, disse que recebe pelo menos 7 ligações por dia de pessoas que estão enfrentando problemas com o abastecimento em suas casas.
“Essas pessoas reclamam que o problema é a bomba e pedem conserto, mas quando chegamos nas casas identificamos, na maioria das vezes, que se trata da falta de água ou baixa quantidade dela nos poços”, argumentou.
O acreano explicou que em todo esse tempo que trabalha com os equipamentos nunca vivenciou uma seca tão intensa como a atual.
“Uma crise que nunca vi tão forte em todos esses anos que trabalho consertando bombas”, continuou.
O bombinador disse ainda que os bairros mais afetados são os conjuntos Tucumã, Rui Lino, Universitário, Conquista, Castelo Branco e outros bairros que ficam próximos às mais conhecidas instituições de ensino superior da cidade de Rio Branco.
“As pessoas também estão desmatando muito e isso deixa a situação ainda mais preocupante. Todos nós somos afetados”, finalizou.
Também à nossa reportagem, o coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, major Cláudio Falcão, disse que os próximos meses serão críticos para todos os acreanos, ao comentar o assunto.