Após trauma do impeachment, Bocalom se movimenta para montar base e escolher líder na Câmara

Traumatizado

Passar por um processo de impeachment não é fácil pra ninguém. Apesar de ter passado com folga pela votação de abertura do impeachment, o processo deixou marcas no prefeito Tião Bocalom (PP). O chefe do Executivo municipal aprendeu da pior forma a importância de manter um diálogo com a Câmara.

Correndo atrás do prejuízo

O ditado “não adianta chorar pelo leite derramado” se encaixa perfeitamente com o momento que vive o prefeito da Capital. Mas depois do estrago feito, resta mudar o futuro, que passa principalmente por dois fatores: organizar a casa/prefeitura e abrir o diálogo com os vereadores.

Agora vai

Fiel escudeiro do prefeito, o vereador Samir Bestene (PP) disse à coluna que finalmente Bocalom vai em busca de um líder na casa legislativa municipal. “Já existe uma conversa nesse sentido. O Valtim, da Casa Civil, já iniciou as conversas para montarmos a base na Câmara, que é a prioridade, e a partir daí, da base montada, vamos discutir a liderança”, disse.

Quase líder

A vereadora Lene Petecão (PSD) confessou que antes da votação do pedido de impeachment do chefe do Exectivo municipal, atuou como uma espécie de líder de Bocalom. Segundo a parlamentar, ela foi de porta em porta, em cada um dos gabinetes, para dialogar sobre o processo.

Não está a venda

A vereadora disse também que ouviu conversas de que os vereadores foram comprados e não gostou nem um pouco. “Eu não quero jamais alguém me dizendo que eu fui comprada ou vendida, pois sei do meu posicionamento”. E deixou um recado: “Isso aqui não é palanque político, ele só vai ser montado ano que vem, e lá fora”.

Ataques

Exceção na votação da abertura do impeachment, junto ao vereador Emerson Jarude (MDB), a vereadora Michele Melo (PDT) começou a receber ataques nas mídias sociais pelo fato do voto. “Não durou uma hora depois da votação e já começaram a espalhar as pautas falando negativamente a meu respeito. E o voto não foi só meu, foram dois votos, um homem e uma mulher, um vereador e uma vereadora, mas centraram as forças em mim.  Ninguém joga pedras em árvores que não dá fruto. A gente trouxe essa pauta, trazendo a necessidade da transparência, trazendo a força da mulher pro jogo político, e eu acredito que isso pode incomodar muita gente”, disse.

Já tem substituto

O vereador Antônio Moraes (PSB) disse que tem andado pelos quatro cantos de Rio Branco e que o que mais tem ouvido das pessoas é que o colega de parlamento, o vereador e médico Raimundo Castro (PSDB), seria o nome ideal para substituir o secretário Frank Lima na Saúde municipal. “Tem sido amplamente sugerido”, disse.

Recado dado

O vereador Joaquim Florencio (PDT) disse que apesar de ter votado contra o impeachment, deu o recado a Bocalom. E o recado é que ele não está satisfeito. “Sua amizade com Frank não pode influenciar sua gestão, tenha pulso e que isso sirva de alerta, não estamos inertes”, disparou. O parlamentar aproveitou para sugerir ao prefeito que “saia do gabinete” e que vá para a rua resolver os problemas da população.

Bate-boca

Na sessão de hoje da Câmara Municipal ainda teve espaço pra uma bate-boca. O vereador Samir Bestene acusou a vereadora Michelle Melo de, ao vê-lo subir na tribuna no dia da votação do impeachment, ter dito que aquilo era uma “palhaçada”. “Aqui é um parlamento e tem que respeitar, a senhora respeite a opinião dos colegas”, disse. A parlamentar respondeu dizendo que essa palavra não saiu de sua boca: “O que eu disse foi ‘para ver como está ruim'”. Segundo Melo, a frase foi em referência ao fato do próprio vereador ter dito que o pedido de impeachment chegou a Casa com apenas oito meses de gestão. “Eu sou uma mulher que mantém a palavra”. A vereadora sugeriu ainda que Bestene visse as gravações das câmeras de segurança, que ficam dentro do parlamento.

CDDHEP

O Centro de Defesa dos Direitos Humanos e Educação Popular do Acre, CDDHEP, elegeu em assembleia geral, na última semana, a sua nova direção. A posse dos novos diretores foi imediata, como prevê o estatuto da entidade. A professora aposentada Raimunda Bezerra, fundadora do CDDHEP, foi reconduzida à coordenação geral da entidade, e a vice-coordenadoria ficou com a assistente social Nyéde. Já a secretaria-geral ficou a cargo da socióloga Joelda Pais, e a tesouraria com a militante histórica e fundadora do PT no Acre, Júlia Feitosa.

Destaque

Por falar no CDDHEP, um dos novos diretores da entidade é o estudante de direito Igor Ramon. Apesar de jovem, com apenas 31 anos de idade, Ramon tem uma longa caminhada na militância política e nos movimentos sociais. Além da atuação no CDDHEP, Igor também já foi presidente do Diretório Central do Estudantes da FAAO, diretor nacional de políticas educacionais da UNE e presidente do Conselho Municipal de Promoção da igualdade racial de Rio Branco. Tem futuro!

Cufa na Bolívia

A Central Única de Favelas, entidade nacional que atua em comunidades de todo o Brasil, está expandindo suas fronteiras. A entidade passou a ajudar também famílias bolivianas. O trabalho é fruto da parceria entre a Cufa, a prefeitura de Brasileia e a prefeitura de Cobija, na Bolívia. Os bolivianos agora terão acesso aos cartões de auxílio da Cufa e as cestas básicas distribuídas pela entidade. A ação foi articulada pelo secretário de Cultura de Brasileia, Ieve Terra Nova e pelo responsável pela Cufa no Acre, Junior TRZ.

De volta para o futuro

Como de costume, o ex-senador Jorge Viana (PT) usou as redes sociais nesta quinta para o já tradicional TBT. Dessa vez, JV postou imagens de materiais de campanhas passadas, quando o petista era apenas um jovem sonhador.
“De volta para o futuro….Você é desse tempo? Você lembra? Dias melhores virão, acredite!”, escreveu.

É golpe

Olha só que situação, um órgão do Governo Estadual pagou por um maquinário mas até hoje nada dos equipamentos chegarem. A situação foi parar na Justiça. O chefe do departamento, pra não sobrar pra ele, já solicitou a abertura de um inquérito. Tem que ter cuidado, os golpistas estão por todo lado.

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