25 de abril de 2024

Entenda como funciona o ‘Tesouro Direto para iniciantes’ na coluna Dose Financeira

O Tesouro Direto é o conjunto de títulos públicos ofertados pelo Tesouro Nacional com o intuito de arrecadar dinheiro para os investimentos do Governo federal. Em outras palavras, quando alguém investe em um título do Tesouro esta emprestando dinheiro para o Governo e passa a ser um credor do mesmo, contribuindo também para o aumento da dívida pública (uma vez que o Estado precisará devolver a grana a esses credores).

Para saber quais instituições financeiras estão habilitadas para negociar esses ativos visite o site www.tesourodireto.com.br Na parte superior vá em “Conheça”; “Bancos e corretoras habilitados”.

Basicamente existem três tipos de títulos públicos:

– Tesouro SELIC;

– Tesouro prefixado (sem e com juros semestrais); e,

– Tesouro IPCA+ (sem e com juros semestrais).

Da mesma forma, no mesmo site você pode consultar as opções disponíveis para investir agora, podendo inclusive fazer simulações.

Por serem criados/emitidos pelo Estado, são considerados os investimentos de menor risco no mercado financeiro, afinal, eles tem o poder de criar mais moeda, imprimir mesmo, para pagar seus credores.

Quanto à tributação, incide o IOF-Imposto sobre Operações Financeiras até o 29º dia; e, o Imposto de renda, conforme tabelas regressivas de cada um desses custos.

Independente do título, é possível adquirir uma fração de uma unidade completa desses papéis, desde que respeitado o valor mínimo de R$ 30,00. Isto é, pode investir o equivalente a 1%, 2%, 12% de uma unidade inteira de um título público.

O Tesouro Selic como o próprio nome indica tem uma rentabilidade indexada a taxa de juros Selic, dentre os títulos públicos é o mais conservador e é indicado para àquela meta de obter uma reserva financeira de segurança com a finalidade de usá-la para uma eventual emergência ou ainda para aproveitar oportunidades. Para investimentos de até R$ 10.000 são isentos da taxa de custódia, cobrada pela B3 (sim, é a bolsa de valores brasileira, os títulos públicos são custodiados por ela), de 0,25% ao ano, assim como aplicações acima de R$ 5 milhões.

O Tesouro prefixado é mais arrojado quando comparado ao Selic. Sua taxa de juros é prefixada. Logo, se aguardar o retorno até a data de vencimento, receberá a taxa acordada inicialmente. Mas, se quiser vender sua posição antes disso, vai estar sujeito ao fenômeno denominado marcação à mercado. E daí, pode estar sujeito a ter um prejuízo ou lucro, já que dependerá no cenário econômico no momento.

Já o Tesouro IPCA+ tem como rentabilidade uma taxa de juros híbrida, tal como IPCA + X%. Mais arrojado que o Tesouro Selic e menos do que o prefixado. É recomendado para aplicações mais longas como forma de garantir um juro real (ou seja, acima da inflação).

Sobre esses dois últimos que podem ser com juros semestrais, isso significa que a cada semestre o investidor receberá parte dos juros. O que para mim não é interessante, uma vez que sua rentabilidade seria melhor no caso de receber tudo só na data de vencimento.

Apesar de ser o de menor risco, para mim tem títulos privados tão bons quanto esses públicos, alguns deles com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito-FGC, que tem cobertura de até R$ 250.000, em alguns casos pode chegar até R$ 1.000.000. Eu prefiro não colocar mais dinheiro na mão dos gestores públicos que demostram pouca eficiência no uso desses recursos. Contudo, essa é minha opinião e espero ter passado informações suficientes para que se sinta seguro(a) de tomar a sua.

Essa dose é nova para você? Comenta aqui e para mais conteúdo siga-nos no canal do YouTube e Instagram @dosefinanceira

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