No último dia 22, a reportagem do ContilNet foi procurada por um morador da zona rural do município de Plácido de Castro para denunciar o que ele classificou como uma ação truculenta da Polícia Militar.
Morador da localidade há 36 anos, José de Lima da Paixão, popularmente conhecido como Bahia, disse que foi preso por protestar contra a falta de manutenção do Ramal 14, onde ele mora. No dia em que a reportagem foi produzida, a reportagem do ContilNet não conseguiu contato com a Prefeitura e nem com a vereadora Socorro Formiga (PP), citada na denúncia de Bahia, que afirmou que a parlamentar havia sido beneficiada com uma maior quantidade de piçarras em sua propriedade e por isso o restante do ramal não havia sido beneficiado.
Foi por isso que Bahia protestava. “Achei equivocado e resolvi obstruir o ramal para que fosse solucionado a questão de não terem colocado as caçambas de piçarras em minha propriedade. Então, acionaram a polícia e fui abordado pela guarnição e preso porque não quis desobstruir o acesso. Fui algemado dentro da minha propriedade e fui levado para a delegacia para que contasse os fatos acontecidos. Não havia necessidade de acionarem a polícia, eles tinham era que chamar o prefeito, para conversarmos e entrarmos em acordo para resolver o problema das caçambas de piçarras”, disse na denúncia.
Resposta
Nesta segunda-feira (27), a vereadora Socorro Formiga entrou em contato com nossa reportagem negando as informações repassadas por Bahia, disse que ele desacatou policiais, cometeu um delito, estava em situação de flagrante e afirma que a ação da polícia foi necessária.
“A dita ‘ação truculenta da Polícia Militar’ como mencionou a reportagem, foi presenciada pelos moradores e, na realidade, tratou-se apenas de ‘contenção’ de cidadão por parte de policiais militares. O sujeito desacatou os policiais e não obedeceu a ordem para desobstruir o ramal, solicitada pela comunidade. Os policiais agiram dentro da lei, pois o dito cidadão cometeu um delito e estava em situação de ‘flagrante’, uma vez que colocou seu veículo atravessando o ramal na frente das autoridades, que não tiveram outra alternativa, a não ser fazer cumprir a lei”, diz.
Ela diz ainda que “quem agiu com truculência e na base da força, sem diálogo, foi o dito morador ‘Bahia’, que na sua intransigência e desequilíbrio estava por prejudicar toda a comunidade do km 14 onde foi executado o serviço público de melhoria e recuperação do ramal. A Equipe que estava construindo essa estrada vicinal, imprescindível para o escoamento da produção, o acesso dos alunos às aulas e à saúde, bem como às atividades de entretenimento, quase abandonaram o ramal com a atitude irracional do dito morador”.
Sobre as piçarras em sua propriedade, ela diz que “foram doadas pelos moradores da comunidade do KM 14 foram colocadas nos locais acertados com os moradores de acordo com o combinado. Acontece que o referido denunciante não quis ‘esperar a sua vez’ e a comunidade rechaça sua atitude, uma vez que não foi negado por parte da prefeitura a execução dos serviços combinados”, afirma em nota.