‘Estou grávida e preciso trabalhar’: mulher anda de moto com placa nas costas para alertar motoristas

A terapeuta Luana Bigas, de 31 anos, está grávida de oito meses e precisa ir ao trabalho de moto, na carona de seu marido, o servente de pedreiro, Giovani Neris, de 24 anos. Para evitar a hostilidade de outros motoristas em Três Lagoas (MS), ela teve a ideia de usar uma plaquinha:

“Cuidado. Estou grávida e preciso trabalhar! Muito obrigada! Mamãe do Oliver agradece!”.

A ideia foi inspirada em outra grávida. “Eu vi uma moça na internet que já tinha feito algo parecido, então vi que era uma opção”, conta.

O cuidado começou no início da gravidez, quando ela foi diagnosticada com descolamento de placenta. Na época, ficou proibidade andar de moto por recomendações médicas. “Mas em 15 dias, [o problema] já havia sumido”, lembra a terapeuta.

Após o tempo de risco, Luana usou serviços de aplicativos para ir até seu local de trabalho, o núcleo multidisciplinar em autismo da cidade. No entanto, devido ao alto custo mensal, voltou a utilizar a motocicleta como meio de transporte.

“Só pra ir de casa ao núcleo, eu gastava em torno de R$ 30 ida e volta”, lamenta ela.

Foi então que seu marido precisou mudar a maneira como dirige para evitar movimentos bruscos.

Segundo ela, a plaquinha geralmente é compreendida pelos motoristas de Três Lagoas.

“Na maioria das vezes eles respeitam e esperam nossa passagem”, conta Luana. No entanto, bastou retirar o recado por uma vez, que a situação mudou.

“Há algumas semanas, eu estava sem a placa, um motorista ficou com raiva por estarmos andando devagar e quase nos jogou na calçada. Quando passou, gritou que estávamos andando devagar demais”, relata a terapeuta.

Após diversas semanas de uso, a plaquinha será aposentada em breve. “Graças a Deus eu só trabalho mais essa semana”, celebra Luana, que deve dar à luz nas próximas semanas.

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