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Projeto do TJAC capacita adolescentes como mediadores de conflitos

Por ASCOM

Melhorar a convivência na comunidade escolar, tratar os possíveis casos de violência ocorridos e ainda mostrar que uma das soluções para evitar os conflitos é o diálogo. Essas são as metas do Projeto Mediação de Conflitos nas Escolas. A ação é realizada pelo Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), por meio da Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar (COMSIV), do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (NUPEMEC) e pelo programa Justiça Comunitária.

O projeto é promovido em etapas, que vão desde a sensibilização da comunidade escolar, instalação de um centro de medição no colégio, até a avaliação da experiência. A primeira edição do projeto foi lançada em outubro de 2019, desenvolvida no Colégio Militar Dom Pedro II e em dezembro do mesmo ano foi finalizada a capacitação de 36 alunos. Contudo, com a pandemia da COVID-19, essa atividade foi suspensa.

A Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE) e o Corpo de Bombeiros também são parceiros na atividade. Tanto que o subcomandante Geral do Corpo de Bombeiros do Acre, coronel Charles Santos agradeceu a parceira e ressaltou os benefícios da ação social.

“Temos que exercer a mediação todos os dias e nada mais proveitoso do que fazer isso com jovens. Jovens esses que estão justamente dentro de bairros periféricos. E com isso tivemos a possibilidade de conhecê-los melhor e trazer possíveis soluções, possíveis saídas. Foi muito proveitoso para aquelas crianças que são multiplicadoras, são sementes multiplicadoras de conhecimentos, sementes multiplicadoras de dias melhores para aquela população interna”, comentou o coronel.

Atender jovens nas periferias

As atividades do projeto disseminaram a cultura da pacificação social, redução da prática de atos violentos no contexto da família e da comunidade escolar e, principalmente, a inclusão de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.

Para a educadora Eleni Angélica Rodrigues Batista, que foi coordenadora de Ensino do Colégio Militar Dom Pedro II, na época do projeto, a conscientização e sensibilização dos alunos foi essencial, especialmente, diante da cultura atual com seus desafios e mudanças.

“Os alunos saíram conscientes de seus valores, de seus deveres, conscientes de para onde eles devem correr quando precisar de ajuda. Eles saíram conscientes até de Educação Financeira, porque foi um projeto muito encorpado. Eu tenho 22 anos de educação e nunca tinha visto um tão conciso e tão abrangente”, comentou a profissional.

O major Craveiro, que foi diretor do Colégio quando o projeto aconteceu destacou a importância da construção conjunta de processos educativos extracurriculares que preparem as crianças, adolescentes e jovens para os contextos sociais que os circundam.

“A parceria do Tribunal de Justiça com o Colégio Militar Dom Pedro II foi muito importante para que esses alunos venham a desenvolver conhecimento e crescer com certo apoio desses órgãos. O Tribunal de Justiça tem muito conhecimento, juízes vieram dar palestra, foi muito grandioso a passagem de conhecimento destes instrutores, que levaram essas crianças a ampliar seus conhecimentos”, disse Craveiro.

Multiplicadores

Além disso, alunos, professores e gestores tornam-se multiplicadores dos conhecimentos, sendo agentes de mediação e desenvolvem mecanismos próprios de resolução de conflitos, por meio do diálogo, participação social e efetivação dos direitos humanos.

As alunas e participantes do projeto, Gabriella Dias e Geovana Rocha revelam quais foram os conhecimentos adquiridos: “Através do Projeto de Mediação de Conflitos, fruto de uma parceria entre o Tribunal de Justiça e a escola, podemos compreender a importância do mediador, que assume entre os interlocutores uma posição de imparcialidade e facilita a comunicação das pessoas, visando a resolução de conflitos. Esse projeto me ajudou a desenvolver habilidades de liderança e me ajudou a resolver os conflitos entre as pessoas”.

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