Verstappen recebe troféu de campeão da F1: “Alcancei objetivo da vida”

Superados os protestos e apelos da Mercedes, Max Verstappen foi oficialmente coroado como campeão mundial da temporada 2021 da Fórmula 1, na cerimônia de premiação da Federação Internacional do Automobilismo (FIA) em Paris, França. Primeiro de seu país a alcançar tal feito, o holandês exaltou sua conquista em uma temporada marcada pela árdua batalha com Lewis Hamilton.

– Alcancei meu objetivo da vida, e isso parece muito decente. Tudo o que vem a seguir é apenas um bônus. Claro, vou continuar me esforçando e estarei na F1 por mais alguns anos, mas essa foi uma temporada incrivelmente difícil. Tem sido uma batalha incrível com Lewis, um dos maiores pilotos da Fórmula 1 – comentou.

A dupla se revezou na liderança do campeonato ao longo do ano, mas o piloto da RBR não largou mais a vantagem que obteve com o pódio no GP da Turquia em outubro, quando retomou a posição privilegiada.

Mesmo com o rival faturando três triunfos consecutivos em uma recuperação impressionante que iniciou no Brasil, Verstappen garantiu o título ao vencer o GP de Abu Dhabi com uma ultrapassagem na última volta – os dois haviam chegado empatados no Mundial, com 369,5 pontos cada.

Não faltaram polêmicas ao longo da disputa pelo título na temporada; Hamilton e Verstappen tiveram colisões, manobras polêmicas e punições para os dois lados. E o cenário continuou tenso mesmo com o que pareceu o fim do campeonato.

Logo após o fim da prova em Abu Dhabi, a Mercedes protocolou dois protestos: um por supostas manobras do holandês que se configurariam como ultrapassagens sob bandeira amarela, e outro pela não-aplicação dos regulamentos para a saída do safety car acionado pela batida de Nicholas Latifi e que decidiu o destino da corrida e do campeonato. Os pedidos, porém, foram rejeitados pelos comissários; a Mercedes anunciou nesta quinta-feira que desistiu do apelo ao caso.

Apesar da intensidade da disputa que protagonizou com Hamilton, Verstappen acredita que a dupla conseguiu manter o respeito na briga pelo título:

– Realmente levamos um ao outro até o limite, às vezes além do limite, mas acho que nos respeitamos, no fim das contas. Mal posso esperar pelo ano que vem, com certeza tentaremos de novo.

O polêmico safety car após o acidente de Nicholas Latifi decidiu o GP de Abu Dhabi — Foto: Lars Baron/Getty Images

O polêmico safety car após o acidente de Nicholas Latifi decidiu o GP de Abu Dhabi — Foto: Lars Baron/Getty Images

Sem surpresas

O último campeão diferente de Hamilton que a F1 teve na era dos motores híbridos, Nico Rosberg (em 2016), anunciou sua aposentadoria dia após conquistar o título mundial sobre o britânico.

As circunstâncias do fim do campeonato também levantam o risco do heptacampeão da Mercedes seguir o mesmo caminho, o que o chefe da equipe alemã Toto Wolff não garante, apesar da extensão de contrato até 2023. Esse, porém, não é um risco que a RBR deve correr com Verstappen.

– Você me ouviu no rádio (na corrida em Abu Dhabi) perguntando se eu poderia ficar por mais dez ou 15 anos. Estou muito feliz onde estou, e ali também posso ser eu mesmo, isso também é muito importante. Não se trata apenas da F1: podemos nos divertir, dar boas risadas. Não é só sobre desempenho, você também precisa gostar do que está fazendo – comentou.

Consultor da RBR, Helmut Marko garantiu que iniciará as discussões sobre a extensão do contrato do holandês em breve. No início de 2020, o novo campeão do mundo já havia renovado seu vínculo com a equipe até 2023.

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