Com pouco mais de 40 dias circulando no Brasil, a variante Ômicron, da Covid-19, doença causada pelo coronavírus, já é a principal cepa infectante no país.
A confirmação ocorreu nesta terça-feira (11/1). O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ao chegar à sede da pasta, em Brasília, foi categórico: “A variante Ômicron já é prevalente no Brasil.”
![Na ilustração colorida, vários vírus são representado](https://uploads.metropoles.com/wp-content/uploads/2021/12/24164848/3-Cards_Galeria_de_Fotos-1-1-11.jpg)
Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação Andriy Onufriyenko/ Getty Images
![Na ilustração colorida, vários vírus são representado](https://uploads.metropoles.com/wp-content/uploads/2021/12/24165107/omicron-o-que-se-sabe-sobre-a-variante-5.jpg)
Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento. Getty Images
![Na imagem colorida, um homem está posicionado à esquerda. Ele espirra](https://uploads.metropoles.com/wp-content/uploads/2021/12/24164854/GettyImages-148981627.jpg)
Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido Peter Dazeley/ Getty Images
![Na imagem colorida, um homem está deitado em uma cama com as mãos na cabeça](https://uploads.metropoles.com/wp-content/uploads/2021/12/24164900/GettyImages-1135342021.jpg)
Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas Uwe Krejci/ Getty Images
![Na ilustração colorida, vários vírus são representado](https://uploads.metropoles.com/wp-content/uploads/2021/12/24165115/Screenshot_2-46.jpg)
Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo Pixabay
![Na ilustração colorida, vários vírus são representado](https://uploads.metropoles.com/wp-content/uploads/2021/12/24165717/omicron-o-que-se-sabe-sobre-a-variante.jpg)
O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus Getty Images
![Na ilustração colorida, vários vírus são representado](https://uploads.metropoles.com/wp-content/uploads/2021/12/24165049/omicron-o-que-se-sabe-sobre-a-variante-2.jpg)
A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível Getty Images
![Na ilustração colorida, vários vírus são representado](https://uploads.metropoles.com/wp-content/uploads/2021/12/24165055/omicron-o-que-se-sabe-sobre-a-variante-3.jpg)
A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado a HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano Andriy Onufriyenko/ Getty Images
![Na ilustração colorida, vários vírus são representado](https://uploads.metropoles.com/wp-content/uploads/2021/12/24164917/GettyImages-1281306096.jpg)
De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou DeltaAndriy Onufriyenko/ Getty Images
![Na imagem colorida, uma mulher olha pela janela. Ela está em pé e usa mascara](https://uploads.metropoles.com/wp-content/uploads/2021/12/24164905/GettyImages-1215365903.jpg)
Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante
![Na imagem colorida, o prédio da Organização Mundial da Saúde está em foco principal](https://uploads.metropoles.com/wp-content/uploads/2021/12/24165101/omicron-o-que-se-sabe-sobre-a-variante-4.jpg)
De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa
![Na imagem colorida, uma pessoa está deitada em uma maca de hospital e outra pessoa de azul está com as mãos no braço dela. Todos usam mascaras](https://uploads.metropoles.com/wp-content/uploads/2021/12/24164923/GettyImages-1296010651.jpg)
Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente Morsa Images/ Getty Images
![Na imagem colorida, uma pessoa de azul coloca um cotonete na boca de um idoso sentado](https://uploads.metropoles.com/wp-content/uploads/2021/12/24164929/GettyImages-1296011341-1.jpg)
No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da Saúde Morsa Images/ Getty Images
![Na imagem colorida, uma pessoa está sentada enquanto alguem aplica injeção em seu braço](https://uploads.metropoles.com/wp-content/uploads/2021/12/24164939/GettyImages-1310458105-1.jpg)
Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas Andriy Onufriyenko/ Getty Images
![Na imagem colorida, uma mulher olha pela janela. Ela está em pé e usa mascara](https://uploads.metropoles.com/wp-content/uploads/2021/12/24164911/GettyImages-1217185574.jpg)
A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados JuFagundes/ Getty Images
A cepa foi identificada pela primeira vez no país em 30 de novembro de 2021. A variante tem se mostrado mais contagiosa que as demais já registradas pelas autoridades sanitárias.
“Infelizmente, ela já é prevalente aqui no Brasil, nós estamos assistindo ao aumento de casos. E como em outros países que têm uma campanha forte como a nossa [de vacinação], a nossa expectativa é que não ocorra um impacto em hospitalização e óbitos”, frisou.
A primeira morte causada pela variante Ômicron no Brasil foi confirmada em 6 de janeiro pela Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia (GO).
O paciente, de 68 anos, era hipertenso e tinha doença pulmonar obstrutiva crônica. De acordo com a pasta, ele havia recebido três doses de vacina contra a Covid-19: duas no esquema primário e uma de reforço.
Desde o início da pandemia, o Brasil já registrou 22,6 milhões de casos de Covid-19, sendo que 620 mil pessoas não resistiram às complicações da doença.
UTIs
Na segunda-feira (10/1), Queiroga afirmou que, em caso de aumento de internações por causa da variante Ômicron, o Brasil tem a capacidade de duplicar a quantidade de leitos de terapia intensiva (UTIs).
Queiroga comentou brevemente o comportamento sanitário que a variante tem tido no Brasil. “A Ômicron é mais transmissível, mas não temos observado um aumento de óbitos”, pontuou.
Por fim, o ministro disse estar confiante. “O cenário pandêmico é de incerteza, por causa da Ômicron, mas temos a esperança de não haver uma explosão de internações e de mortes”, concluiu.