O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) autorizou a realização de novo concurso para ingresso na carreira de diplomata. O aval foi publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 9.
A oferta será de 34 vagas. O cargo tem como requisito o ensino superior completo em qualquer área. As remunerações iniciais são de R$19.657,06, incluindo R$19.199,06 de salário base e R$458 de auxílio-alimentação.
O concurso Diplomata 2022 será composto por provas objetivas e discursivas, de caráter eliminatório e classificatório. A primeira fase consistirá em uma avaliação objetiva sobre as disciplinas de: Língua Portuguesa, História do Brasil, História Mundial, Geografia.
Além de Língua Inglesa, Política Internacional, Geografia e Direito. O prazo para realização das provas objetivas será de dois meses após a publicação do edital, conforme publicação no Diário Oficial desta quarta, 9.
A redução no prazo para realização das provas, que geralmente é de três meses, deve-se à necessidade de que a data de conclusão do concurso seja compatível com o planejamento de atividades do Instituto Rio Branco em 2022.
Na segunda fase do concurso Diplomata, os candidatos deverão realizar provas escritas de Língua Portuguesa e Inglesa. Já na terceira etapa, as avaliações também serão escritas sobre as áreas de História do Brasil, Política Internacional, Geografia, Economia, Direito, Língua Espanhola e Língua Francesa.
A banca organizadora do concurso já está escolhida. Assim como na seleção de 2020, o Instituto Americano de Desenvolvimento (Iades) será o responsável por receber as inscrições, viabilizar e aplicar as etapas da seleção, como as provas objetivas e discursivas.
Tradicionalmente, os concursos para para diplomatas são abertos anualmente. Porém, pela pandemia, o edital de 2021 acabou não sendo publicado. A data de publicação do novo edital ainda não foi revelada.
Como foram as provas do último concurso Diplomata?
O último concurso para diplomacia foi realizado em 2020. A oferta foi de 25 vagas na carreira, sendo 18 para ampla concorrência, cinco para negros e duas para pessoas com deficiência.
Pela pandemia da Covid-19, as provas foram adiadas e realizadas apenas em 2021. A estrutura do concurso costuma ser mantida ao passar dos anos, por isso pode servir de base para quem deseja concorrer em 2022:
Prova objetiva
A primeira etapa foi uma prova objetiva, de caráter eliminatório e classificatório. A aplicação ocorreu nas capitais dos 26 estados e no Distrito Federal, em dois períodos.
Os inscritos tiveram que responder a 73 questões sobre as disciplinas de:
- Língua Portuguesa – 10 questões;
- Língua Inglesa – 9 questões;
- História do Brasil – 11 questões;
- História mundial – 11 questões;
- Política Internacional – 12 questões;
- Geografia – 6 questões;
- Economia – 8 questões;
- Direito – 6 questões.
Prova escrita Língua Portuguesa e Língua Inglesa
A segunda fase do concurso consistiu em uma prova escrita de Língua Portuguesa e Língua Inglesa, de caráter eliminatório e classificatório. A aplicação foi nas capitais com aprovados na objetiva.
Na avaliação escrita de Língua Portuguesa, os participantes tiveram que elaborar uma redação sobre tema geral, um resumo e realizar exercícios de interpretação, de análise ou de comentário de textos.
Enquanto na prova escrita de Língua Inglesa, os candidatos elaboraram uma redação sobre tema geral, com extensão de 45 a 50 linhas, e traduziram um texto do Inglês para o Português.
Também escreveram a versão de um texto do Português para o Inglês e elaboraram um resumo, em Inglês, de um texto escrito em Língua Inglesa, com extensão estabelecida no comando do exercício, estimada entre 35% e 50% do texto a ser resumido.
Prova escrita demais disciplinas
A terceira e última etapa do concurso Diplomata foi composta por exames escritos, de caráter eliminatório e classificatório.
Nesse caso, foram cobradas as disciplinas de História do Brasil, Política Internacional; Geografia; Economia; Direito; Língua Espanhola e Língua Francesa.
Curso de formação
Os classificados em todas as fases ainda são submetidos ao curso de formação no Instituto Rio Branco, em Brasília.
Em entrevista exclusiva à FOLHA DIRIGIDA, em 2017, o então diretor-geral do IRB, embaixador José Estanislau do Amaral, pontuou alguns princípios das aulas.
“O principal objetivo do curso é aprofundar alguns conhecimentos em política internacional, economia e línguas estrangeiras. Além de ensinar outros aspectos como relacionamento com a imprensa e prepará-los, realmente, para a atuação no exterior”, disse o embaixador.