Quase 70% dos rio-branquenses estão endividados, aponta pesquisa Fecomércio/AC

Uma pesquisa realizada e divulgada nesta quarta-feira (16) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio/AC) mostra que pelo menos 64% da população rio-branquense endividada tem dificuldade em manter as obrigações com dívidas.

Os dados foram registrados entre os dias 10 e 11 de março. Foram 400 pessoas entrevistadas. O levantamento aponta também que “69% dos entrevistados economicamente ocupados da capital acreana têm renda inferior à necessária para pagamento das dívidas mensais”.

“O estudo avalia que 74% dos consultados têm idade entre 16 e 50 anos e, 26%, acima de 50 anos. Além disso, da população pesquisada, 44 % admite sobreviver com renda equivalente a 01 salário mínimo/mês. Quando acrescentada outra parcela de 26%, que sobrevive com menos de 01 salário, se faz admitir que aproximadamente 80% da população de Rio Branco ganha até 01 salário mínimo/mês. A pesquisa computa ainda 5% de renda mensal acima de 05 salários”, diz um trecho.

A pesquisa chegou a conclusão de que 62,0% dos rio-branquenses detém ensino completo, sendo que 12,8% têm o ensino fundamental; 36,5% o médio; e 11.3% o superior. Apenas 1,3% tem pós-graduação.

“Outra parcela, de 38%, detém ensino incompleto a nível fundamental (21,3%), médio (11,5%) e superior (5,5%)”, continua.

A pesquisa aponta que 69% da população economicamente ocupada de Rio Branco têm renda inferior à necessária para pagamentos das dívidas mensais. No entanto, esta renda inferior representa crescimento de 2,7% entre março de 2021, quando esta relação era de 67,2%, e março de 2022 (69,0%). Em contrapartida, a população com renda suficiente para as respectivas dívidas mensais diminuiu em 4,1%, no mesmo período (março/2021 era 31,8% e março/2022, 30,5%).

Mais de 66% da população da capital estão individados. “Nos últimos 12 meses, a pesquisa observa melhora significativa quanto à população na condição de endividada, considerando que em março de 2021, essa população representava 71,6%”, destaca.

“Confirmando o déficit do emprego entre março de 2021 e março de 2022, a quantidade de desempregados no mesmo período aumentou de 29,9% para 32,0%, demonstrando incremento de 7,02%. A situação de empregador (empresário) não registra proporção relativa a março de 2021, e os prestadores de serviços aparecem com déficit de aproximadamente 46% (caiu de 3,7% para 2,0% com base nos dados analisados)”, finaliza.

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